Origem: Livro: Os Patriarcas

Satanás se opõe

Mas tudo isso é imediatamente invejado pelo grande inimigo. E ele teve a autorização de testar a estabilidade disso. A nudez, a nudez que não se envergonhava do homem e da mulher era inocência. Sim, mas também era exposição. A criatura deveria ser provada. A força da condição de criatura deveria ser testada. E o inimigo tinha autorização para entrar no jardim para realizar a provação. Ele não era um invasor lá. A ordem e o propósito da criação abriram espaço para ele, assim como para o próprio Adão. O próprio instrumento pelo qual ele conduziria seus projetos já estava lá. A árvore do conhecimento estava no meio do jardim.

O tentador, esta serpente que era “mais astuta que todas as animálias do campo”, era o diabo. Isto nos é dito diretamente (Ap 12:9, 20:2). E a cena que nos rodeia até hoje fala de sua vitória. “O presente século (mundo – ARA) mau”, seja em sua condição moral ou em suas circunstâncias, encontramos isso em Gênesis 3. E poderíamos ter esperado isso, pois o mundo como é agora derivou da apostasia de Adão; seu caráter e condição são formados por esse grande ato de rebelião.

Os três princípios-mestres que animam “o curso” do mundo – a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e o soberba da vida são aqui vistos como se tornando as fontes da ação moral no coração da mulher, assim que ela deu ouvidos ao diabo; pois a alma que desiste de Deus deve encontrar outros mestres e outros recursos. E este é o mundo. O mundo não tem confiança em Deus, nada que o ligue a Ele, nada que lhe dê descanso n’Ele, nenhum senso de Seu amor e verdade. Assim tem sido desde esta hora, quando o homem deu ouvidos ao acusador de Deus. Portanto, descobriu outros objetos. “Deus fez ao homem reto, mas ele procurou muitas invenções” (Ec 7:29).

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