Origem: Livro: Os Patriarcas
O fim do caminho
Tal era a vocação celestial, as suas virtudes, a sua dignidade e os seus dons desta família antediluviana de Deus. O fim do caminho deles também foi celestial, tão celestial quanto qualquer característica dele. Não falo do fato de esse caminho ter terminado no céu, mas do próprio estilo em que ele terminou. Nenhum sinal entre as nações deu notícia disso. Nenhuma época ou estação teve que marcá-lo ou medi-lo. Nenhuma idade declarada ou anos numerados tiveram que se passar. Nenhuma voz de profecia sequer insinuou o momento abençoado e arrebatador. “E andou Enoque com Deus; e não se viu mais, porquanto Deus para Si o tomou”. Nada de peculiar marcou o início daquela hora gloriosa. Nenhuma grande expectativa ou acontecimento estranho deu sinal de sua vinda. Foi o encerramento natural de uma jornada celestial sem desvios.
Foi diferente com Noé depois. Grande preparação foi feita para sua libertação. Os anos também se passaram – anos determinados. Mas não foi assim com o nosso patriarca celestial. Noé foi levado em meio ao julgamento; mas Enoque, antes que ele viesse, foi levado ao lugar de onde o julgamento veio. (Não me preocupo em aplicar tudo isso, pois acredito que possa ser aplicado. Prefiro deixá-lo como uma sugestão. Mas parece-me que o Senhor, falando da eleição Judaica, toma Noé como Seu texto. ou figura (Mt 24); enquanto o apóstolo, dirigindo-se à Igreja, tira sua linguagem da transladação de Enoque (1 Ts 4:17; 2 Ts 2:1). Pois o remanescente Judaico, como Noé, será levado em meio ao julgamento – enquanto os santos agora reunidos estarão na esfera a partir da qual o julgamento será derramado. Pois somos ensinados repetidas vezes, como observei antes, que o exercício do poder naquele dia, em companhia com o Senhor, faz parte da glória dos santos. Leia sobre isso em Colossenses 3:4; Apocalipse 2:26, 17:14, 19:14).
