Origem: Livro: Os Patriarcas
Céu ou o mundo?
Mas devemos inspecionar um pouco mais de perto esse cenário familiar, esse círculo familiar em Gênesis 27. Há outros além de Isaque para serem observados.
O servo de Abraão em Gênesis 24 trouxe consigo duas coisas diferentes da casa de seu senhor, quando visitou a casa de Betuel. Ele trouxe um relato de tudo o que o Senhor havia feito por Abraão e presentes.
Essas coisas tornam-se testes para aquela família na Mesopotâmia. O relato tratava de coisas futuras e distantes, e tinha Deus necessariamente conectado a ele – os presentes poderiam ter sido independentes d’Ele e eram um ganho atual. Rebeca foi movida pelo relato. Ela aceita as joias, é verdade; mas as notícias que o servo trouxe são mais importantes para ela. O relato do que a esperava entre um povo distante que o Senhor havia abençoado teve o poder de desconectá-la. Não foi apenas Isaque, ou apenas a riqueza de Abraão. Seu pai era rico e ela não precisava ir muito longe para assegurar a si mesma um lar e seus prazeres. Mas o Senhor abençoou Abraão e agora prosperou a jornada de seu servo. Não era uma questão para Rebeca se ela aceitaria Isaque e uma parte da riqueza de Abraão, ou se permaneceria pobre e solitária. A questão era esta: ela aceitaria a porção que o Senhor estava lhe trazendo agora, ou permaneceria naquela que sua família e as circunstâncias do mundo lhe haviam proporcionado?
E assim é conosco, amados. Não é uma questão entre o céu e o nada, mas entre o céu e o mundo, entre tomarmos a felicidade que o Senhor, em Suas promessas, tem para nós ou as atuais circunstâncias humanas. Estamos desejosos do gozo divino e das riquezas celestiais? Podemos dizer ao Senhor Jesus: Tu “escolherá para nós a nossa herança”? Será a terra distante, da qual recebemos um relato, o nosso objetivo? Esta era Rebeca. Ela poderia responder a essas perguntas. Estaríamos cometendo uma injustiça se julgássemos que, para ela, era a riqueza de Abraão e a mão de Isaque ou nada. Não foi assim. Como dissemos antes, e certamente a história o justifica, ela tinha grandes expectativas de todo tipo, se permanecesse em casa. Ela não precisa fazer uma viagem longa e nunca experimentada com um estranho e para um povo estranho. Mas tudo se tornou nada para ela, quando, pela fé, ela recebeu o relato. Ela se apresenta ao chamado de Deus.
