Origem: Livro: Os Patriarcas

Deus deu esperança

E novamente eu digo: isso é precioso. O Espírito forma esperança na alma dos eleitos, tão certamente quanto a fé. Macpela nos diz isso, quanto aos patriarcas. Mas ela foi achada antes deles, e tem sido achada desde então. Adão era um homem esperançoso e crente. Assim que ele teve fé, ele teve esperança. Ele caminhou como um estrangeiro na Terra, bem como na consciência da vida. E com ele, e como ele, caminharam os santos antediluvianos.

Posteriormente, Israel celebrou a última noite de sua estada no Egito com o cajado na mão e sapatos nos pés, tão simples e tão certo quanto colocaram o sangue na verga da porta. Esperavam algo além do Egito, tão certamente como contavam com a segurança no Egito.

Moisés testemunhou esta posição de Israel, esta posição adequada no arraial de Deus no poder de fé e de esperança, quando depois disse a Hobabe: “Nós caminhamos para aquele lugar de que o SENHOR disse: Vo-lo darei”. E assim Paulo, em suas palavras diante do rei Agripa: “à qual (promessa) as nossas doze tribos esperam chegar, servindo a Deus continuamente, noite e dia”.

O azeite nos vasos das virgens prudentes é a expressão do poder da esperança. Elas se precaveram para a espera d’Aquele por Quem vigiavam e esperavam, fosse aquele retorno próximo ou distante.

E para dar à esperança a sua mais elevada e brilhante glória moral, somos informados de que o atual céu de Jesus é um céu de esperança. Embora esteja assentado à direita da Majestade nas alturas, Ele está, sabemos, “esperando até que Seus inimigos sejam postos por escabelo de Seus pés”. E a mente da Igreja glorificada será, em breve, semelhante a essa mente de seu Senhor glorificado; pois o céu de Apocalipse 5 também é um céu de esperança. “Digno és”, dizem as criaturas viventes e os anciãos entronizados daquele céu, “de tomar o livro e de abrir os seus selos; porque foste morto e com o Teu sangue compraste para Deus homens de toda tribo e língua, e povo e nação; e para o nosso Deus os fizeste reis e sacerdotes; e eles reinarão sobre a terra”.

Nesta vida de fé e esperança, os pais do Livro do Gênesis são vistos como um só. Fico feliz em saber disso. Eles ilustram diferentes mistérios e nos falam diferentes lições morais; mas nesta vida de fé e esperança eles são um; e cada um em seus dias, Abraão, Isaque e Jacó, são igualmente reunidos ao seu povo (Gn 25, 35, 49) – cada um é “um punhado de pó santo” na cova no campo de Efrom, o Hitita, ali depositado com esperança segura e certa de uma ressurreição para a vida e para a herança.

Existe um ditado: “É melhor desgastar-se do que enferrujar-se”. Mas esse algo melhor não pertencia a Isaque. Ele enferruja. E esse foi o fim natural de tal vida.

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