Origem: Livro: Os Patriarcas

Frutificação

Pois há uma diferença entre serviço e frutificação. O serviço é mais manifestado e ativo; a frutificação pode estar oculta. A mão ou o pé podem servir, e deveriam servir. Guarnecidos com o sangue e com o azeite, serão instrumentos nas mãos do Senhor da casa; mas é nos lugares mais profundos e secretos do coração que a lavoura do santo, no poder do Espírito por meio da verdade, deve estar produzindo fruto para Deus. A frutificação é conhecida no cultivo daquelas graças e virtudes que conferem caráter real e intrínseco ao povo de Deus – aqueles hábitos, temperamentos e propriedades do homem interior que, com Deus, são de grande valor. É do interior, ou “vindas do coração”, que aquelas ervas, úteis para Aquele por Quem a alma é revestida, crescem perfumadas e belas, de modo a indicar a virtude daquela chuva do céu que caiu sobre as ervas.

É esta frutificação, a meu ver, que se encontrará no nosso Jacó, nesta última cena da sua peregrinação. Tivemos uma indicação mais fraca disso, enquanto ele ainda permaneceu em Canaã, e antes de iniciar sua jornada para o Egito, mas a colheita mais rica dessa lavoura é colhida durante os dezessete anos que ele passou naquela terra, antes de ele próprio ser reunido aos seus pais. Pois esta participação da santidade de Deus, este fruto da disciplina do Pai dos espíritos, é comumente gradual – e descobriremos que é assim em Jacó – a luz brilhando cada vez mais até o dia perfeito; a última hora sendo a mais brilhante.

Compartilhar
Rolar para cima