Origem: Livro: Impedimentos à Comunhão

3. Liberdade do Espírito Santo

Outra característica é a liberdade que há para o Espírito Santo ministrar por quem Ele quiser. Já falei sobre isso na minha primeira carta e, portanto, não preciso acrescentar muito aqui. Posso lembrá-lo de que isso também brota da verdade do corpo de Cristo. Leia com muita atenção 1 Coríntios 12-14 onde isso é exposto. Lá você verá que “o corpo não é um só membro, mas muitos”, e “que a um, pelo Espírito, é dada a palavra da sabedoria; a outro a palavra da ciência [conhecimento – ARA], etc.; que “o olho não pode dizer à mão: Não tenho necessidade de ti; nem ainda a cabeça aos pés: Não tenho necessidade de vós” (1 Co 12:8-21). O apóstolo diz assim: “Quando vos ajuntais, cada um de vós tem salmo, tem doutrina, tem revelação, tem língua, tem interpretação” (1 Co 14:26-33). Aqui está o reconhecimento de que todo dom distinto vem da Cabeça da Igreja e que deve haver espaço para seu uso pelo Espírito na Assembleia. Se não houver, o estar juntos (reunião, igreja, culto) não está de acordo com Deus.

O mal de não permitir nenhum exercício de dom além do “ministro” manteve as pessoas em um estado de ignorância da verdade, por meio da incapacidade de seu ministro escolhido, quando muitas vezes há alguns na congregação com mais conhecimento e mais dom. Lá está ele, o dia do Senhor após o dia do Senhor, repetindo os elementos doutrinários mais básicos, e estes distorcidos pela maneira como são apresentados. Além disso, é quase impossível removê-lo do cargo para o qual foi nomeado. Mas você mesmo já conheceu casos desse tipo e, portanto, não vou mais longe. Perguntarei se esse mal não deveria convencê-lo de que tal arranjo não pode estar de acordo com a mente do Senhor?

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