Origem: Livro: Música
O Equilíbrio Correto
Deus deu uma ordem de importância em relação ao espírito, à alma e ao corpo. As três partes da música seguem exatamente a mesma ordem de importância: primeiro a melodia, depois a harmonia e, por último, o ritmo. A música saudável é composta de uma forma que dá à melodia o lugar predominante. As músicas que usamos em nossos hinos se prestam bem a serem tocadas e cantadas dessa maneira – a melodia conduz. A harmonia deve ter um lugar secundário na música e no nosso canto. Por exemplo, se pedíssemos a alguém para tocar apenas a harmonia para nós, teríamos dificuldade em nos unir para cantar. O ritmo é necessário para manter a música fluindo em conjunto, e, se uma pessoa toca ou canta fora do tempo com as outras, ele é discordante. O ritmo deve ser controlado.
A melodia da música ministra ao nosso espírito e deve ser predominante na música. Ela se associa intimamente às palavras que acompanham a música. Nosso espírito é edificado quando, em nosso entendimento, relacionamos as palavras com a melodia que é cantada. “Cantarei com o espírito, mas também cantarei com o entendimento” (1 Co 14:15). Quando nosso espírito e entendimento estão juntos com a melodia, podemos glorificar “unânimes (em pensamento), e a uma boca, … ao Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo” (Rm 15:6 – AIBB).
A harmonia ministra à nossa alma e deve ser secundária na composição. Ela não deve desviar nossa atenção da melodia. Se uma música é tocada com muita harmonia, a alma pode ficar tão ocupada com ela que as palavras e a melodia ficam enfraquecidas. Mas, por outro lado, se toda harmonia fosse impedida e os sentimentos da alma permanecessem intocados, dificilmente seria música. “A Palavra de Cristo habite em vós abundantemente, em toda a sabedoria, ensinando-vos e admoestando-vos uns aos outros, com salmos, hinos e cânticos espirituais; cantando ao Senhor com graça em vosso coração” (Cl 3:16).
O ritmo ministra ao corpo. É natural nós acompanharmos batendo o pé enquanto tocamos ou cantamos. É natural do nosso corpo. Mas, se o ritmo é mais importante que a melodia e a harmonia, isso revela desequilíbrio e pode produzir resultados ruins. Vejamos um exemplo disso na Palavra.
