Origem: Livro: O Divino Terreno de Reunião

Esdras

Gostaria agora de abrir o livro de Esdras. Naquela época, aproximadamente 300 anos havia passado. As 10 tribos que tinham seguido Jeroboão tinham ido para o cativeiro, na Assíria, e, conforme os registros de homens, elas desapareceram. Às vezes, nos referimos a elas como as tribos perdidas de Israel. As duas tribos da casa de Davi que tinham permanecido na verdade e que continuaram a reconhecer Jerusalém como o centro de Deus, foram também para o cativeiro na Babilônia, sob Nabucodonosor. Setenta anos se passaram desde então, e Deus tinha determinado que Seu povo agora deveria retornar para a terra da promessa, a terra de Canaã.

Jeremias disse que eles seriam cativos naquela terra longínqua por 70 anos, e como os 70 anos se passaram, Deus levantou um homem chamado Ciro. Esse homem, posso dizer, foi nomeado por Deus 150 anos antes de ele nascer. Ciro foi levantado por Deus para garantir a libertação para as duas tribos, permitindo o retorno deles à terra da promessa.

Mas para onde eles deveriam ir? De acordo com Deuteronômio 12, eles estavam proibidos de fazer aquilo que lhes parecia correto a seus próprios olhos, então, o que eles fizeram? Veja Esdras 3:1 “Chegando, pois, o sétimo mês e estando os filhos de Israel já nas cidades, se ajuntou o povo, como um só homem, em Jerusalém”. Jerusalém – o centro de Deus – o lugar escolhido por Deus para pôr Seu nome lá! Eles foram para Jerusalém!

Versículo 3: “E firmaram o altar sobre as suas bases, porque o terror estava sobre eles, por causa dos povos das terras; e ofereceram sobre ele holocaustos ao SENHOR, holocaustos de manhã e de tarde”.

Versículo 6: “Desde o primeiro dia do sétimo mês, começaram a oferecer holocaustos ao SENHOR; porém ainda não estavam postos os fundamentos do templo do SENHOR”.

Versículos 11-13: “E cantavam a revezes, louvando e celebrando ao SENHOR, porque é bom; porque a Sua benignidade dura para sempre sobre Israel. E todo o povo jubilou com grande júbilo, quando louvou o SENHOR, pela fundação da Casa do SENHOR. Porém muitos dos sacerdotes, e levitas, e chefes dos pais, já velhos, que viram a primeira casa sobre o seu fundamento, vendo perante os seus olhos esta casa, choraram em altas vozes; mas muitos levantaram as vozes com júbilo e com alegria. De maneira que não discernia o povo as vozes de alegria das vozes do choro do povo; porque o povo jubilava com tão grande júbilo, que as vozes se ouviam de mui longe”.

O fundamento do templo foi lançado. Onde? Em Jerusalém! O templo de Salomão tinha sido destruído e os homens mais velhos, que tinham sido trazidos de volta a Jerusalém, viram os alicerces lançados do novo templo, e eles choraram porque compararam esse com o templo de Salomão, e o novo parecia um reflexo muito pobre e débil do templo que tinham conhecido.

Mas, aqueles mais jovens jubilaram de alegria porque haveria um templo. Talvez seria algo fraco, talvez um testemunho fraco, eles eram um grupo fraco, mas tinham voltado para onde o Senhor tinha colocado Seu nome e lá eles reconstruíram o templo. Nada foi deixado para a imaginação deles; O centro de Deus era em Jerusalém. Daniel reconheceu isso, da Babilônia, quando abriu as janelas e orou como Salomão havia orientado em 1 Reis 8, em direção a Jerusalém. Agora eles tinham voltado para Jerusalém!

Vamos agora para o capítulo 6:15-19: “E acabou-se esta casa no dia terceiro do mês de Adar, que era o sexto ano do reinado do rei Dario. E os filhos de Israel, e os sacerdotes, e os levitas, e o resto dos filhos do cativeiro fizeram a consagração desta Casa de Deus com alegria. E ofereceram para a consagração desta Casa de Deus cem novilhos, duzentos carneiros, quatrocentos cordeiros e doze cabritos, por expiação do pecado de todo o Israel, segundo o número das tribos de Israel. E puseram os sacerdotes nas suas turmas e os levitas nas suas divisões, para o ministério de Deus, que está em Jerusalém, conforme o escrito do livro de Moisés. E os que vieram do cativeiro celebraram a Páscoa no dia catorze do primeiro mês”.

A casa estava pronta! Havia alegria! Onde eles estavam? Em Jerusalém! Eles deveriam agora oferecer os seus sacrifícios. Mas havia realmente apenas duas tribos lá. É verdade, havia alguns de outras, como veremos mais adiante, mas o fato é que, basicamente, havia apenas duas. Era um grupo pobre e fraco em comparação com os filhos de Israel que haviam entrado naquela terra prometida tantos anos antes, mas eles estavam no centro de Deus. Eles estavam onde Ele escolheu colocar Seu nome, o templo foi construído e agora chega a hora de oferecer a oferta pelo pecado. Eles iriam oferecer a oferta pelo pecado pelas suas duas tribos? Não! Eles ofereceram isso por todo o Israel!

Amados irmãos, o que foi oferecido naquele dia foi apresentado a Deus por todo o Israel! “Doze cabritos segundo o número das tribos de Israel”. Isso é importante? Sim, amados irmãos, é muito importante. O que aquele pequeno grupo representava e fazia e o que apresentavam diante de Deus era que eles estavam lá em nome de Israel no centro de Deus, e eles reconheceram isso no sacrifício que ofereceram.

Se passarmos ao capítulo 7:8, lemos sobre Esdras: “E, no mês quinto, veio ele (Esdras) a Jerusalém; e era o sétimo ano desse rei”. No capítulo 8:31: “E partimos do rio de Aava, no dia doze do primeiro mês, para irmos para Jerusalém; e a boa mão do nosso Deus estava sobre nós e livrou-nos da mão dos inimigos e dos que nos armavam ciladas no caminho. E viemos a Jerusalém e repousamos ali três dias”.

Você se lembra de como diz no sexto capítulo que “acabou-se esta casa no dia terceiro do mês de Adar”. Aqui descobrimos que Esdras chegou. Isso foi, talvez, sessenta ou setenta anos depois que os filhos de Israel voltaram. Agora Esdras apareceu. Para onde ele foi? Ele foi para onde o centro de Deus estava – em Jerusalém. Não foi deixado a ele escolher para onde ir, nem cabia a ele escolher onde achava que as coisas seriam melhores. Ele deveria sentir que, se fosse para algum outro lugar, poderia ser capaz de começar algo que seria mais piedoso? O centro de Deus era em Jerusalém e foi para lá que ele foi. E vemos novamente escrito, “E viemos a Jerusalém e repousamos ali três dias”. Creio que Deus usa esse terceiro dia – três dias, três coisas – repetidas vezes – para lembrar ao nosso coração que o fundamento de tudo o que temos diante de nós é a morte e ressurreição de Cristo.

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