Origem: Livro: O Divino Terreno de Reunião

João

Vamos ler João 4. Acompanhamos no Velho Testamento, o testemunho que Deus estabeleceu em Jerusalém, por um período de aproximadamente mil anos, que se caracterizava pelo fato de o nome do Senhor estar ali. Era um lugar de adoração, um lugar onde decisões obrigatórias poderiam ser tomadas para o povo de Deus e onde a oração poderia ser feita coletivamente em conexão com o que Deus havia levantado em Jerusalém.

Descobrimos que esse testemunho foi mantido apesar da fraqueza e do fracasso, e que aqueles que estavam lá em Jerusalém no tempo de Esdras ofereceram um sacrifício em nome de todo o Israel, mostrando diante de Deus que ainda reconheciam que eram uma nação, composta de doze tribos. Então, descobrimos que cerca de quinhentos anos depois, em Jerusalém, ainda havia um grupo fraco que reconhecia que o centro de Deus estava ali. Vemos Maria e José subindo a Jerusalém para apresentar Jesus diante do Senhor. Encontramos Simeão, Ana, Zacarias e Isabel, e encontramos, por último, naquele pequeno quadro que nos é dado em conexão com o Senhor Jesus, aos doze anos de idade, que ao partir de Jerusalém, o centro de Deus, alguns deixaram o Senhor para trás. Somente retornando a Jerusalém eles poderiam mais uma vez se encontrar onde o Senhor estava no meio.

Mas aquela história do Velho Testamento, dada a nós por Deus para nosso ensino, encontra uma conclusão em certo sentido aqui em João 4:20-23:

“Nossos pais adoraram neste monte, e vós dizeis que é em Jerusalém o lugar onde se deve adorar. Disse-lhe Jesus: Mulher, crê-Me que a hora vem em que nem neste monte nem em Jerusalém adorareis o Pai. Vós adorais o que não sabeis; nós adoramos o que sabemos porque a salvação vem dos judeus. Mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade, porque o Pai procura a tais que assim o adorem”.

Descobrimos aqui que Deus não desistiu de Seu desejo por adoradores. Ele nos diz especificamente: “Porque o Pai procura a tais que assim O adorem”, mas não seria mais em Jerusalém. O Senhor Jesus diz: “Mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade”, e “a hora vem em que nem neste monte nem em Jerusalém adorareis o Pai”. Portanto, descobrimos que, tendo passado pelas muitas passagens referidas no Velho Testamento e tendo reunido muitos princípios que serão de vital importância para nos instruir – na direção de nossa busca no Novo Testamento, o fato é que Jerusalém como o centro, onde o nome do Senhor foi colocado, é posta de lado. O lugar para onde o povo deveria ir como adoradores, para onde a oração deveria ser dirigida e onde decisões obrigatórias deveriam ser buscadas, não deveria mais estar em Jerusalém. Jerusalém deveria ser posta de lado. “Mas a hora vem, e agora é”, em que o centro não deveria ser Jerusalém. Deus iria introduzir aquilo que substituiria Jerusalém, onde muitos dos mesmos princípios que já notamos se aplicariam, onde Deus ainda teria um povo que Ele reuniria em torno de Si na Pessoa do Filho, e onde o Senhor Jesus teria aqueles que seriam o gozo de Seu coração reunidos em torno de Si, mas não em um lugar geográfico como Jerusalém.

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