Origem: Revista O Cristão – Revelação Progressiva

Cristianismo – Cristo

O que vemos quando o Cristianismo, essa dádiva indizível de Deus, foi introduzido neste mundo? Vemos em Jesus, aquele Homem que não levantou a voz nas ruas! Um testemunho que era Seu, pura e profundamente moral e divino, em meio a um mundo que tinha seus próprios costumes; um testemunho, uma vida, uma Pessoa, introduzindo neste mundo a luz do próprio Deus, a consolação, o brilho, o poder moralmente independente, que procedia d’Ele; e isso em uma humildade que os fazia penetrar, em amor, onde quer que houvesse um coração quebrantado, talvez degradado aos olhos dos homens, que precisasse disso; uma humildade que abria o caminho para um amor diante do qual nada era considerado baixo demais para que Deus descesse em graça. Oh, que necessidade este pobre mundo tinha disso!

Ele tomou algo emprestado das circunstâncias que O cercavam? Não, o contrário foi a totalidade de Sua vida. Ele veio para o meio dessas circunstâncias para revelar Deus ali, porque tudo se opunha a Ele e porque, consequentemente, tudo era miserável. Deus em amor veio a eles ali naquela graça que abunda muito mais onde abundou o pecado. Jesus se deparou com a concordância de circunstâncias favoráveis? Certamente que não. “Seu tempo” foi quando os homens eram “ainda fracosímpios”. Essa obra certamente era obra de Deus.

Oh, quão felizes somos por ter uma obra que é uma manifestação d’Ele neste pobre mundo! Deus fez com que essas circunstâncias cumprissem Seu plano. Sim, tudo conspira a seu modo: não que Ele arranje circunstâncias para falsificar o caráter do testemunho, como se esse testemunho não fosse de Deus, ou como se o homem não se opusesse a Ele. Qualquer que tenha sido a altura do muro que o homem opôs à Sua entrada, para Ele, Jesus, o porteiro abriu, e as ovelhas ouviram a Sua voz.

J. N. Darby (adaptado)

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