Origem: Revista O Cristão – O Dia do Senhor
O Dia de Cristo
“O dia de Cristo” é encontrado em Filipenses 1:6, 10 e 2:16. Ele nos leva em pensamento mais à cena celestial do que uma terrenal. O apóstolo Paulo aguardava ansiosamente o dia de Cristo. Ele tinha gozo nos santos filipenses ao ver o que a graça já havia produzido neles, e então esperava ansiosamente pelo momento em que eles estariam com Cristo, e tudo seria completado neles.
“Fazendo sempre com alegria, oração por vós em todas as minhas súplicas… Tendo por certo isto mesmo, que Aquele que em vós começou a boa obra a aperfeiçoará até ao dia de Jesus Cristo” (Fp 1:4, 6).
Depois disso, ele escreve sobre seu desejo de que o amor deles crescesse mais e mais em conhecimento e inteligência, a fim de aprovarem as coisas que são excelentes até o fim, para que pudessem caminhar sem um passo errado até aquele dia glorioso – o dia de Cristo. Esse deveria ser o nosso desejo também. É triste dizer que falhamos e damos passos errados, mas se estivéssemos andando perto do Senhor, não seria assim.
Deus fez provisão para nós se falharmos. “Se alguém pecar, temos um Advogado para com o Pai, Jesus Cristo, o Justo” (1 Jo 2:1). Mas a Palavra de Deus não supõe que devemos falhar. Pense em todas as provisões que temos para caminhar de modo agradável a Ele: Fomos salvos e levados a Deus em perfeita paz; nós temos a Palavra de Deus como um guia perfeito; nós temos o Espírito de Deus habitando em nós em poder; temos o Senhor Jesus Cristo como nosso Grande Sumo Sacerdote para nos socorrer quando estamos fracos. Quão pouco utilizamos os recursos que temos em Cristo para agradar a Ele! Não que devêssemos esperar perfeição na carne: Tais ideias estão erradas e só tendem a exaltação do “eu” – e a dar confiança na carne. Não devemos ter confiança na carne, mas podemos dizer que, quando falhamos, a culpa foi nossa e nossa própria falta de vigilância. Esse dia abençoado – o dia de Cristo – está chegando em breve. Então tudo será perfeito e o trabalho iniciado em nós será completo, mas vamos procurar agradar a Ele tendo em vista aquele dia.
O apóstolo havia arduamente trabalhado no evangelho e sofrido por ele em Filipos (Atos 16), e esses queridos santos foram fruto de seus labores. Depois de salvos, eles se interessaram ativamente pelo evangelho; eles haviam mostrado sua comunhão desde o primeiro dia em que foram salvos. Eles estavam dispostos a compartilhar suas provações e conflitos. Depois, ele escreve para incentivá-los a caminhar de modo irrepreensível diante dos incrédulos e mostrar-lhes o caminho da salvação: “Fazei todas as coisas sem murmurações nem contendas; para que sejais irrepreensíveis e sinceros, filhos de Deus inculpáveis, no meio de uma geração corrompida e perversa, entre a qual resplandeceis como astros no mundo; retendo a palavra da vida, para que no dia de Cristo possa gloriar-me de não ter corrido nem trabalhado em vão” (Fp 2:14-16).
Paulo aguardava ansiosamente o momento em que ele e todos os santos estariam com Cristo – quando veria o fruto de seu trabalho. O amado apóstolo apresentou isso como um motivo para que eles continuassem em fiel testemunho. Esse será o momento em que os resultados e frutos de todos os nossos trabalhos árduos serão manifestos. Podemos então com alegria antecipar o dia de Cristo. Nosso trabalho para o Senhor não pode ser corretamente avaliado agora, mas naquele dia de glória vindouro será visto à Sua luz. Certamente o dia de Cristo apresenta um pensamento diferente do “dia do Senhor”, que fala da subjugação de todos na Terra ao Seu governo justo.