Origem: Revista O Cristão – Maternidade

Uma Herança do Senhor

Deus nos trouxe a um lugar de relacionamento onde temos a vida e a natureza capazes de apreciá-Lo. Ele age como um Pai em relação a nós e nos corrige e nos disciplina como Seus filhos com o fim de que possamos ser participantes de Sua santidade (Hb 12:7-11; 1 Pe 1:17). Ele também sente por nós como pai: “como um pai se compadece de seus filhos, assim o SENHOR Se compadece daqueles que O temem” (Sl 103:13). E Ele conforta como uma mãe faria: “como a alguém que sua mãe consola, assim Eu vos consolarei” (Is 66:13).

Vínculo 

É nesse relacionamento humano que aprendemos, de maneira débil, algo do amor de nosso Pai por nós e da satisfação que obtemos do correspondente amor de nossos filhos. Que momento é quando o jovem pai e mãe veem, pela primeira vez, seu próprio filho precioso! Que emocionante experiência é quando eles, pela primeira vez, seguram em seus braços aquele pequeno feixe de vida – sua própria carne e sangue! Ondas de afeição, até agora não percebidas, crescem em seus corações. Bem o salmista disse: “Eis que os filhos são herança do SENHOR, e o fruto do ventre, o Seu galardão” (Sl 127:3).

O jovem pai e mãe agora têm um objeto comum para suas afeições. Não há nada como o nascimento de seu primogênito para unir seus corações. Certamente eles amarão cada um e todos os seus filhos posteriores com o mesmo amor de pai e mãe, mas a chegada do primogênito é o que os leva a esse relacionamento e desperta as fontes das afeições paternas até então dormentes e dá uma sensação de responsabilidade aos pais. Quando a mãe segura nos braços aquele querido bebê, sua própria carne e sangue, pela primeira vez, ela aprende quais são as afeições de uma mãe; do mesmo modo, o pai entra nos sentimentos de um pai quando ele carinhosamente segura seu próprio filho ou filha. Essas abençoadas afeições são de Deus; foi Ele Quem as colocou no seio humano. Ser desprovido delas seria realmente uma falta triste e mostraria o quanto havíamos absorvido o espírito dos “últimos dias”, quando os homens estão “sem afeição natural”.

Evitando a paternidade 

É repreensível quando um marido e uma esposa Cristãos procuram fugir ou evitar as responsabilidades da paternidade. Seria melhor permanecer solteiro do que tentar frustrar um objetivo principal do casamento. Tais maneiras podem ser consideradas no mundo, mas o filho de Deus não deve procurar sabedoria ou orientação no mundo.

Deus, em Sua sabedoria, pode não dar filhos a alguns casais, mas isso deve ser recebido como uma de Suas dispensações de amor e sabedoria, e não ser tratado com rebelião. Também podem surgir problemas físicos que limitariam o tamanho da família, mas isso não é de nossa competência discutir. A Palavra de Deus diz que as mulheres devem se casar e que “gerem filhos, governem a casa” (1 Tm 5:14).

Lutas 

Conhecemos alguns pais que tiveram lutas longas e difíceis financeiramente enquanto criavam a família, mas Deus era suficiente para tudo isso e, finalmente, chegou o dia em que as circunstâncias difíceis foram aliviadas. Então eles tiveram o gozo e o conforto das crianças que haviam chegado à sua fase adulta. Quanto um pai ou mãe teria faltado na velhice em termos de conforto e provisão, se não fosse pelos filhos que Deus lhes deu na sua juventude.

Destacamos especialmente o privilégio e a bênção de sermos pais. Tem seus problemas, dificuldades e provações, mas quem pode ter o coração de pai se não é um? Muitas e variadas são as lições que nosso Pai nos ensina na educação dos filhos. É frequentemente um dos cursos mais instrutivos na educação do filho de Deus no deserto.

P. Wilson

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