Origem: Revista O Cristão – Opinião versus Verdade

A Interpretação da Verdade

“Disse-lhe Jesus: Eu Sou o Caminho, e a Verdade, e a Vida. Ninguém vem ao Pai senão por Mim” (Jo 14:6).

O homem, sob a orientação do Espírito de Deus, é apenas o intérprete dos oráculos celestiais. Daí surge um limite no serviço da verdade. Devo deixar de interpretar quando deixar de entender. Pode ser que eu não entenda como consequência da minha negligência. Que assim seja. O reconhecimento disso pode ser um estímulo à minha diligência (especialmente se eu tiver em mente a palavra “àquele que tem se dará”); mas certamente não há justificativa para encobrir a ignorância com a pretensão de conhecimento. Quantas exposições da Escritura podem ser encontradas, cujas contradições entre si mostram que não é a verdade que é apresentada, mas as noções incertas e sempre variadas dos homens. O que, então, na escrita ou no ensino oral, traz proveito? A precisão da verdade; verdade, sem dúvida aplicada pelo Espírito Santo à consciência e ao coração – ainda assim, a precisão da verdade. Não nego que possa haver uma consequência onde isso está ausente. Mas qual é a consequência? O fato de fazer com que as pessoas pensem, se é que pensam, que a Escritura seja tão vaga e sem sentido quanto qualquer exposição de suas declarações. Ainda assim eu afirmo que a verdade é precisa, ou ela não é a verdade. Ilimitada em sua extensão e infinitamente variada em sua aplicação, mas sempre precisa. Quando essa precisão não é apreendida, a incerteza e o despreparo para a ação são os resultados inevitáveis. Uma profissão ortodoxa descontraída pode ficar satisfeita com imprecisão e generalidade, ou melhor, com superficialidade e indiferença, mas se a verdade é separar as almas do mundo, trazer paz e liberdade e direcionar para a esperança justa de um Cristão, ela deve ser precisa.

Bible Treasury, Vol. 4

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