Origem: Revista O Cristão – Dispensações

Separação

Em todas as dispensações, enquanto cada uma ainda subsistia, houve separação após separação. Vemos isso em Israel. Zorobabel, Esdras e Neemias eram, cada um deles, cativos retornados, um remanescente separado que com seus companheiros deixou a Babilônia. Mas chegou o dia, o dia do profeta Malaquias, em que “aqueles que temem ao Senhor” tiveram que se separar dos cativos que retornaram e “falam cada um com seu companheiro”, como se tivessem sido outro remanescente (Ml 3).

Assim é na Cristandade. A Reforma, por exemplo, foi um tempo de separação. Mas a partir da persistente, crescente e reconhecida corrupção que ainda ou novamente prevalecia, novas retiradas ou separações tiveram que ocorrer repetidas vezes. O retorno da Babilônia não garantiu a pureza em Israel, nem a Reforma a recuperou e manteve pureza na Cristandade. A casa esvaziada, varrida e guarnecida não serviria para o Senhor Jesus. Ele não encontrou nenhuma habitação para a Sua glória lá. O espírito imundo, o espírito de idolatria, pode ter saído de Israel, pois não havia ídolos nem lugares altos na terra após o retorno da Babilônia; mas Israel não foi curado. A insolência infiel, os desafios dos orgulhosos e escarnecedores, foram ouvidos ali com medo. E o que mais vemos, se não isso de novo, nos tempos da Reforma da Cristandade? Leia o profeta Malaquias e olhe em volta para a condição moral das coisas naquela época. Note as analogias impressionantes que existem nas histórias de corrupção e confusão no mundo do homem, seja aqui ou ali, seja agora ou então, seja em Israel ou na Cristandade, seja em nossos dias, ou 2.000 anos atrás. Não é assim?

J. G. Bellett

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