Origem: Livro: Reunião de Irmãos

Notas e Consultas Bíblicas

P. J. F.

J. H. Há muito tempo temos entre nós a prática de que aqueles que se interessam pelos assuntos da assembleia se reúnam para conferir e deliberar sobre assuntos que lhes são apresentados antes de submetê-los à assembleia reunida. Alguns poucos se opõem totalmente à “reunião de irmãos”. Dizem que tudo deve ser apresentado à assembleia sem qualquer reunião prévia.

A experiência nos ensinou que fomos preservados de problemas e tristezas por termos tido certos assuntos discutidos apenas pelos irmãos antes de apresentá-los à assembleia.

Alguns insistem na presença de irmãs em tais reuniões preliminares, ou que elas sejam deixadas de lado completamente, fazendo-se tudo feito na mesa do Senhor depois do partimento do pão .

Nosso desejo é sermos guiados pela Palavra de Deus, e eu me sentiria grato se você me concedesse seu julgamento sobre esta questão.

Resposta: Acredito que sua prática seja correta quanto à reunião daqueles que se importam com a Igreja de Deus para analisar casos de disciplina, e daqueles que buscam comunhão, os casos de necessidade e vários assuntos nos quais cuidado e supervisão piedosos são necessários.

Na Escritura, encontro que havia um corpo tecnicamente chamado de os anciãos ou o presbitério (πρεσβυτέριον), dentro da assembleia. Sem dúvida, nos dias apostólicos, aqueles que compunham este corpo podiam ter sido nomeados pelos apóstolos ou seus representantes; mas ainda assim, havia um corpo reconhecido que agiam em conjunto – não meramente homens ou anciãos individualmente, mas um corpo assim denominado. Veja 1 Timóteo 4:14 . Tal corpo era conhecido entre os Judeus. Veja Lucas 22:66: “os anciãos do povo”, “o conselho dos anciãos” em Atos 22:5; ambos tendo o mesmo significado que conjunto dos anciãos ou presbitério, embora, é claro, diferentes em constituição.

Creio que há muito sendo feito por tais reuniões agora, compostas por aqueles que se importam com a Igreja, e que possuem a confiança dos santos e uma aptidão para tal ocupação. Muitos casos, cujos detalhes seriam danosos se mencionados diante dos jovens e das mulheres, têm sido discutidos ali diante do Senhor; o caso foi cuidadosamente examinado em todos os aspectos, e embora nenhuma ação de disciplina ou de recepção tenha sido tomada, nem poderia ser à parte dos santos reunidos, ainda assim o caso é amadurecido e, assim, apresentado, de uma forma que a sensibilidade não seja escandalizada, onde tal situação possa existir.

Pode também acontecer que muitos casos não precisem ir além; a repreensão pessoal feita pelo “espiritual”, a intervenção de dois ou três, pode salvar tudo isso, e poupar o nome do Senhor da afronta, bem como a assembleia, da mais dolorosa de todas as ações – o exercício da disciplina e o ser colocado fora de comunhão, fora de seu meio. Casos de necessidade, também, onde isso possa ser suprido com a graça serena do Senhor, são poupados de exibição e coisas do tipo:

As “irmãs” não têm absolutamente nada a ver com tais reuniões. Elas têm seu próprio lugar definido plenamente na Escritura e não devem exercer autoridade. Mas nenhuma ação, repito, pode ser tomada por tal reunião à parte dos santos reunidos.

Os casos são examinados, e a assembleia, tendo confiança naqueles que amam o cuidado da Igreja, recebe os testemunhos deles e age de acordo com as evidências e sabedoria deles, sendo que o assunto exige apenas o testemunho adequado de duas ou três testemunhas fiéis quanto ao verdadeiro rumo do caso.

F. G. Patterson – Words of Truth, Volume 6, 1871

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