Origem: Revista O Cristão – Edificando Sabiamente

Edificado na Rocha

Por volta do ano de 1696, a primeira estrutura de farol foi erguida nas rochas Eddystone. (As rochas Eddystone são um grupo de rochas no oceano, ao longo da costa da Cornualha, no sudoeste da Inglaterra.)

O construtor se gabou de que não se importava com o quão selvagem a tempestade poderia ser; seu edifício foi capaz de resistir a tudo o que poderia varrer contra ele. No entanto, sua ostentação provou ser vã, pois no final do ano de 1703, em uma tempestade, conhecida por ter sido muito violenta, como nunca antes vista, que assolou as costas da Inglaterra, o farol caiu, e com ele pereceu seu construtor. Um segundo farol resistiu cerca de 40 anos, e foi então destruído pelo fogo.

O construtor do terceiro, mais sábio do que seus antecessores, encontrou um plano de forte e firme construção, que desde então tem sido muito admirado. A principal característica dela é que as enormes pedras que formam a edificação são encaixadas umas nas outras e, na fundação, elas são encaixadas na rocha sólida. Assim, toda a estrutura está firmemente unida e, da mesma forma, unida firmemente à sua fundação. Esse farol (construído na década de 1750) resistiu bravamente às tempestades mais violentas e às ondas mais ferozes do oceano por mais de 100 anos. Foi finalmente substituído por uma estrutura mais moderna na década de 1870, mas não porque tivesse risco de cair. Está agora preservado na cidade de Plymouth, Inglaterra, como um monumento à genialidade do homem que o projetou.

A fundação e a superestrutura 

Vemos, na história desse terceiro farol, que há duas coisas necessárias para uma estrutura estável: Deve haver um alicerce imóvel, e a superestrutura deve estar firmemente fixada nesse alicerce firme. Com a posição do Cristão, graças a Deus, encontramos as duas coisas lá!

Deus diz (Is 28:16): “Eis que ponho para alicerce em Sião uma pedra, uma pedra provada, uma preciosa pedra angular, um firme fundamento” (JND), e Pedro em sua primeira epístola (cap. 2) aplica estas palavras notadamente a Jesus Cristo. Essa fundação nunca pode ser movida.

A mesma palavra também nos diz: “e quem nela crer não será confundido” (1 Pe 2:6). Tudo o que Cristo é – o Escolhido, o Precioso, o Fundamento seguro – tudo é para o crente. Aqueles que fazem da mentira seu refúgio e se escondem sob a falsidade podem imaginar-se seguros, como fez o homem que edificou o primeiro farol sobre aquelas rochas de Eddystone. Mas quando Deus estabelece o juízo como regra e a justiça como prumo, “a saraiva varrerá o refúgio da mentira, e as águas cobrirão o esconderijo” (Is 28:17). Feliz é aquele que, pela graça, está sobre o fundamento seguro – Jesus Cristo. Ele nunca será confundido.

Pedras vivas 

Deus fala de Si mesmo como edificando sobre o fundamento que Ele lançou. Todos os que foram colocados no edifício foram colocados por Deus. Se você creu, você é uma pedra neste maravilhoso edifício. E vejam quão maravilhosamente Deus constrói! A “Pedra Viva” é o fundamento, e todo crente n’Ele é uma pedra viva: Cada um, mesmo o mais fraco e frágil, é participante da Sua vida ressuscitada e está ligado indissoluvelmente ao Senhor, fazendo assim um tecido sólido. O Espírito Santo nos une inseparavelmente uns aos outros e nos une a Cristo ressuscitado. Estamos n’Ele ressuscitados, firmes n’Ele, e não há possibilidade de até mesmo o Hades prevalecer contra o edifício.

Não é, então, a posição do crente a mais abençoada? E se as tempestades vierem? E elas certamente virão, e se as provações e dificuldades se complicarem e se multiplicarem, sabemos que estamos ligados a Cristo, e Ele é a Rocha que nunca pode ser movida.

J. R. – Faithful Words for Young and Old (adaptado)

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