Origem: Revista O Cristão – As Semelhanças do Reino, Parte 2
A Rede de Puxar
“o reino dos céus é semelhante a uma rede lançada ao mar e que apanha toda qualidade de peixes. E, estando cheia, a puxam para a praia e, assentando-se, apanham para os cestos os bons; os ruins, porém, lançam fora” (Mt 13:47-48). Aqui temos os resultados finais das operações de Deus, do homem e de Satanás durante o período chamado Cristandade. Como uma rede lançada ao mar, o evangelho se espalhou por todo o mundo, com seu tocante apelo aos homens de todas as nações. Alcançou resultados que são manifestos aos olhos de todos. Tanto os bons quanto os maus foram reunidos: os peixes bons representam aqueles que, tendo humildemente reconhecido sua culpa e ruína, foram purificados de seus pecados pelo precioso sangue do Salvador; os maus são aqueles que se professam e se dizem Cristãos, mas sem amor pela Pessoa do Salvador e sem fé viva no evangelho. Embora erros de discernimento sejam muito possíveis, todos aqueles que verdadeiramente pertencem a Cristo são solenemente responsáveis por distinguir, no temor divino, entre aqueles que são bons e os maus, associando-se a um e evitando o outro.
O fim do século
Quando a rede do evangelho estiver cheia, ela será puxada para a praia. Quando isso acontecerá, ninguém sabe, exceto Deus, embora tudo ao nosso redor seja sugestivo de que o fim do século está se aproximando. Então ocorrerá a grande separação, que separará os ímpios dos piedosos para sempre, até mesmo da comunhão exterior. De acordo com o ensino da parábola, o dever dos pescadores era cuidar dos peixes bons. Esta é a presente responsabilidade daqueles que neste dia servem ao Cristo que está ausente. Os pescadores simplesmente lançam fora da rede o peixe mau; não eram estes que eles estavam pescando. O julgamento de Deus sobre os falsos professantes será aplicado, não por mãos humanas, mas por poder angelical. “Assim será na consumação do século: sairão os anjos, e separarão os maus dentre os justos, e os lançarão na fornalha acesa; ali haverá choro e ranger de dentes” (Mt 13:49-50). Tal é o fim da Cristandade, conforme descrito por Deus mesmo; não o mundo inteiro sujeitado a Cristo pela operação de agências religiosas, mas ruína eterna para muitos que passaram entre seus companheiros como Cristãos. O Salvador, sem dúvida, terá os Seus, embora a discriminação final por Sua mão infalível revele uma quantidade terrível de irrealidade e hipocrisia no círculo daqueles que, de uma forma ou de outra, levam Seu santo nome.