Origem: Revista O Cristão – O Filho de Deus
O Eterno Filho de Deus como Homem
Nunca houve aqui um caráter como o do eterno Filho de Deus como Homem – um caráter que tem profundidade e altura que não podem ser encontradas em ninguém além do próprio Deus e que só poderiam ser delineadas pelo Espírito Santo. Satanás teria feito de tudo no céu e na Terra para ter diminuído Sua perfeição, mas ele não podia tocar n’Aquele Santo e Imaculado. Era Deus Se aproximando do homem de acordo com Seu próprio caráter; tudo, desde a manjedoura até a cruz, era divino.
É algo muito real ter a ver com Cristo. Quando você recebe a Cristo, você encontra toda a glória moral de Deus na face desse Cristo – não apenas Sua glória brilhando ali, mas todas as ternas afeições do coração de amor do Pai, manifestadas n’Aquele que tomou nossa forma e habitou entre nós como um Homem.
Por que Ele deveria deixar o céu e descer aqui – o Deus-Homem perfeito, incomparável e sem par? O que era esse mundo para Ele? Ah! Deus tinha todos os Seus planos centrados n’Aquele Um. Desde a fundação do mundo, foi ordenado que Ele assumisse a questão do pecado, e, seja qual fosse a ruína e a miséria trazida por ele, Cristo era perfeitamente capaz de transformar toda a ruína em Sua própria glória.
Ninguém, a não ser o próprio Filho de Deus, podia olhar para o rosto de Deus e dizer: “Eu posso resolver a questão do pecado”. Ninguém, a não ser Ele, podia olhar para o coração e a mente de um pecador, seja Judeu ou gentio, e dizer: “Sei exatamente o que você é, e posso fazer uma obra da qual Deus possa dizer que encontrou Seu descanso, por meio do qual Ele está perfeitamente livre para agir em graça para com o mais miserável pecador”.
Não há parte da vida do bendito Senhor em que Ele Se manifeste tão notoriamente como Deus quanto quando estava na cruz, capaz de enfrentar todo o volume da ira de Deus pelo pecado, levando em Seu próprio corpo um sem-número de pecados acumulados, e pelo sacrifício de Si mesmo deixando claro o direito de Deus de justificar o pecador. O caráter de Deus como amor também foi mostrado, ao dar Seu Filho para ser o sacrifício aceito pelo pecado. Deus nunca foi antes revelado dessa maneira.
