Origem: Revista O Cristão – Paciência
A Paciência de Cristo
A presente constante expectativa da vinda de Cristo imprime seu próprio caráter no Cristão: “E sede vós semelhantes aos homens que esperam o seu senhor, quando houver de voltar das bodas” (Lc 12:36). É isso que faz com que o Cristão, em sua mente e pensamentos, se torne associado ao Próprio Cristo. Encontramos isso especialmente na carta à igreja de Filadélfia, pois lá, além de guardar Sua Palavra e não negar Seu nome, lemos, “Como guardaste a palavra da Minha paciência” (Ap 3:10). Paciência de quem? De Cristo. Cristo está esperando; e está esperando muito mais verdadeira e ardentemente do que nós. Estamos esperando por Ele, e Ele está esperando por nós com todo o amor que o Noivo tem pela noiva.
É verdade, Ele está esperando até que Seus inimigos sejam postos por escabelo de Seus pés, mas, para Seus amigos, Ele aperfeiçoou Sua obra, e está sentado aguardando essa subjugação de Seus inimigos, quando, então, Se levantará para juízo. Ele não sabe a hora nesse sentido (é claro que, sendo Deus, Ele sabe), pois não é algo revelado ainda.
Ele está esperando, e nós esperamos por Ele; tão completa é essa associação, agora em espírito e depois em glória, que, tirando Sua glória pessoal, Ele não pode receber nenhuma glória até que nos tenha com Ele, pois somos coerdeiros com Ele. Na carta à igreja de Filadelfia, temos, “Conheço as tuas obras”, mas nenhuma palavra é dita a respeito delas; os santos devem se contentar em esperar até que o Senhor venha.
“Como guardaste a palavra da Minha paciência”; esse foi o próprio caminho de Cristo aqui, e devemos andar nele agora, no final de uma dispensação que, enquanto um sistema aparente, se afastou totalmente de Deus.