Origem: Revista O Cristão – Juventude

Daniel

Daniel é um exemplo muito encorajador para que os jovens Cristãos considerem. Cativo na corte do rei da Babilônia, quando lemos sobre ele pela primeira vez, ele devia ser apenas um jovem na adolescência. O começo que ele teve foi bom, pois seu ímpeto o levou por uma vida muito longa, por dinastias em mudança e em meio a muitas adversidades. Cerca de setenta anos ele serviu ao Senhor, às vezes em posições de grande destaque, às vezes durante anos na obscuridade.

O que marcou o início de Daniel? Ele foi posto à prova quando jovem. Ele e três companheiros foram escolhidos para aprender a ciência e a língua dos caldeus e, portanto, preparados para assumir posições de honra e confiança no reino. Uma porção da carne e bebida do rei lhes foi permitida pelos três anos de estudo. Então lemos: “Daniel assentou no seu coração não se contaminar com a porção do manjar do rei, nem com o vinho que ele bebia” (Dn 1:8). A porção do rei, sem dúvida, havia sido oferecida aos ídolos primeiro e, como tal, Daniel não aceitaria nada disso. Foi uma atitude ousada de se ter. Um monarca tirânico poderia facilmente ter pensado em matar o jovem corajoso, que ousou insultar seus deuses assim e desprezar a própria comida da qual o próprio rei consumia.

O segredo de seu coração 

Qual era o segredo de sua ousadia? “Daniel assentou [propôs] no seu coração”. Seu coração foi conquistado por Jeová. Sua alma se revoltou contra a superstição cega da idolatria e, a todo custo, ele se posicionaria. Ninguém pode dizer como o coração é conquistado. Não podemos nos transformar em devoção. É bom que o jovem Cristão lamente sua falta de coração para o Senhor e se volte para Ele em oração, para que assim tenha. Este é um dia de grande mornidão. Laodiceia – morno e que dá náuseas – é o último estágio da história da Igreja de Deus nesta Terra, o resultado completo do primeiro declínio em Éfeso, a perda do primeiro amor. É somente a apreciação do amor do Senhor por nós que trará o amor que responde a Ele. “Nós amamos porque Ele nos amou primeiro” (1 Jo 4:19 – ARA). É o amor de Cristo que sozinho pode nos forçar a viver para Ele e não para nós mesmos.

O apoio de Deus 

E veja como Deus entrou e apoiou Daniel. Deus foi capaz de sustentar o jovem Daniel na presença do orgulhoso monarca. Ora, Deus fez com que Daniel achasse graça e misericórdia diante do chefe dos eunucos. Quando Daniel pediu que ele e seus companheiros fossem alimentados com água e legumes por dez dias como um experimento, o príncipe dos eunucos concordou com isso. Dez dias não demoraram muito para que um experimento alimentar tivesse muito resultado. Mas, no final dos dez dias, os rostos de Daniel e seus três companheiros estavam “mais gordos” do que aqueles que tomavam da carne e da bebida do rei. O melhor de tudo, quando o estudo de três anos foi concluído, em questões de sabedoria e compreensão, esses quatro eram dez vezes melhores do que aqueles que haviam participado da carne e bebida do rei. Assim Daniel foi justificado.

Mas tudo começou com o coração. “Não há dúvida de que o coração controla a vida”. A mente pode lhe dizer que tal e tal conduta não está certa, mas é o coração que carrega o homem. Barnabé exortou os jovens convertidos em Antioquia “que, com firmeza de coração, permanecessem no Senhor” (At 11:23). O homem sábio exortou seu filho em palavras memoráveis: “Sobre tudo o que se deve guardar, guarda o teu coração, porque dele procedem as saídas da vida” (Pv 4:23).

É uma coisa terrível quando o jovem crente permite que seu coração corra atrás das coisas do mundo. Quão insidiosas são essas coisas! Quão bom é quando o coração do jovem Cristão é colocado no Senhor.

A. J. Pollock

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