Origem: Revista O Cristão – Consciência

A Função da Consciência

A consciência de um homem diz a ele que ele está errado e é uma voz interior falando com ele do que é certo e do que é errado. Até os pagãos têm esta vela dentro deles, cuja luz cintilante brilha com uma nitidez variada em todo seio humano. Mas a consciência não é o padrão do que é certo e errado. Enquanto a consciência interior discrimina entre o bem e o mal e detecta nossas obras, a consciência nunca revela ao homem qual é sua natureza. Somente a luz da Palavra de Deus revela isso. Aprendemos o que somos, qual é a nossa natureza, à luz invariável da verdade de Deus.

Se um homem pudesse saber o que ele é em si mesmo, aos olhos de Deus, sem o conhecimento de Sua graça, seu fim seria desespero absoluto, pois “Deus é luz, e não há n’Ele treva nenhuma” (1 Jo 1:5), enquanto o homem, por natureza, é “da noite [e] das trevas” (1 Ts 5:5). Deus não pode mudar; “Porque Eu, o SENHOR: não mudo” (Ml 3:6). O homem não pode mudar sua natureza; “Pode o etíope mudar a sua pele ou o leopardo as suas manchas?” (Jr 13:23).

O Evangelho de Deus não propõe desenvolver a natureza do homem, reformá-la ou cultivá-la, pelo contrário, Deus a considera uma coisa sem valor. O jardineiro não cultiva a macieira brava, mas enxerta uma maçã doce e, com a faca, corta o caule da árvore velha. Deus não permite à velha natureza em nenhum lugar em Sua presença, ao invés disso, traz a vida, em Cristo.

H. F. Witherby

A Consciência e os Absolutos Morais

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