Origem: Revista O Cristão – Andando Dignamente

Digno do Senhor

Há muitos que confessam o nome de Jesus, o Salvador, e pregam o perdão dos pecados por meio daquele bendito Nome. Alguns desses também falam em se reunir em nome de Jesus. Agora, o nome de Jesus é inexprimivelmente precioso e “Bem-aventurados aqueles cujas maldades [iniquidades – ARA] são perdoadas, e cujos pecados são cobertos. Bem-aventurado o homem a quem o Senhor não imputa o pecado” (Rm 4:7-8). Mas para aqueles que ouviram e creram na graça de Deus, Paulo orou assim: “Por esta razão, nós também, desde o dia em que o ouvimos, não cessamos de orar por vós e de pedir que sejais cheios do conhecimento da Sua vontade, em toda a sabedoria e inteligência espiritual; para que possais andar dignamente diante do Senhor [ou como dignos do Senhor], agradando-Lhe em tudo, frutificando em toda boa obra e crescendo no conhecimento de Deus” (Cl 1:9-10).

O Senhorio de Jesus 

O senhorio de Jesus não é apenas igualmente deixado de lado pelas duas grandes correntes da impiedade humana – infidelidade e superstição – mas o que é ainda mais angustiante é que muitos que pregam o perdão dos pecados em nome de Jesus e que confessam a esse nome tão precioso, muitas vezes deixam de lado a autoridade d’Ele como Senhor.

Podemos falar d’Ele como Senhor do Céu e da Terra, mas nós realmente O reconhecemos como nosso Senhor em todos os detalhes da vida diária? Pecadores após receberem a salvação são frequentemente deixados para que encontrem seu próprio caminho na atual confusão da profissão Cristã, nunca perguntando ou refletindo sobre o que é adequado ao Senhor, ou se isto é um andar digno do Senhor. Quando Jesus, o Salvador, não é conhecido como Jesus, o Senhor, a pessoa será encontrada fazendo o que parece certo aos seus próprios olhos.

“Faze-me saber os Teus caminhos” 

Nas multidões que caminham pelo caminho largo da profissão, há, sem dúvida, homens eruditos e prevenidos, mas o caminho de seguir ao Senhor é um caminho estreito, e “não o viram os olhos do falcão” (Jó 28:7 – AIBB). Só pode ser discernido pelo Espírito e em completa submissão às reivindicações d’Aquele que é o Senhor. Considere a fervorosa oração de Paulo: “Senhor, que queres que faça?” Ou mesmo as palavras de Moisés em outro dia, que pôde dizer: “Agora, pois, se tenho achado graça aos Teus olhos, rogo-Te que agora me faças saber o Teu caminho” (Êx 33:13).

Vamos ler mais algumas palavras de Moisés: “E conhecer-Te-ei, para que ache graça aos Teus olhos; e atenta que esta nação é o Teu povo” (Êx 33:13). Será este o desejo de nosso coração, tendo encontrado graça aos Seus olhos, para que também O conheçamos, nos familiarizemos cada vez mais com Ele mesmo e, assim, encontremos sempre Seu pleno e gratuito favor? Será que O conhecemos, e assim falamos com Ele, todos os que pertencem a Sua Igreja redimida? Qual foi a resposta do Senhor? “Disse, pois: Irá a minha presença contigo para te fazer descansar” (Êx 33:14). Será isto suficiente?

“Minha presença” 

Sim, é suficiente. “Então, disse-lhe: Se a Tua presença não for conosco, não nos faças subir daqui. Como, pois, se saberá agora que tenho achado graça aos Teus olhos, eu e o Teu povo? Acaso, não é por andares Tu conosco?” Isso não deveria nos separar de tudo aquilo que não reconheça o Senhorio de Jesus? “e separados seremos, eu e o Teu povo, de todo o povo que há sobre a face da Terra” (Êx 33:15-16).

E Israel, como nação, era mais separado dos povos que estavam sobre a Terra do que a Igreja de Deus? Mas note, se não é a separação para ir em direção ao próprio Senhor, é apenas sectarismo, ou o não reconhecimento de Jesus como Senhor. Podemos realmente dizer: “Acaso, não é por andares Tu conosco, e separados seremos”? Devemos andar com o Senhor, ou não poderemos andar dignos do Senhor. O mundo sempre O nega e O não reconhece. E não nos é dito a respeito dos seus que estão no mundo: Eles “não são do mundo, assim como Eu não sou do mundo” (Jo 17:14)?

“O conhecimento de Sua vontade” 

A primeira coisa, então, pela qual Paulo ora, pelos amados santos em Cristo, é que eles sejam “cheios do conhecimento da Sua vontade, em toda a sabedoria e inteligência espiritual” (Cl 1:9). Esta é nossa oração, nosso desejo? Ou estamos apenas contentes em andar de uma maneira que se adapte aos nossos gostos e desejos naturais – uma maneira correta aos nossos próprios olhos? Se, no entanto, um servo conhece a vontade de seu Senhor e não a faz, seu conhecimento o beneficia? Pelo contrário, ele é o mais culpado. Assim a oração continua, “para que possais andar dignamente diante do Senhor, agradando-Lhe em tudo” (Cl 1:10).

O Senhor ou o Mundo? 

Depois de Cristo ter subido ao céu, o Espírito Santo desceu e formou a Igreja. E então, por meio do apóstolo Paulo, instruções foram dadas a respeito de sua organização e operação. Desde aquele tempo, todas as formas de comunhão Cristã formadas pelo homem tiram o Senhor Jesus de Seu devido lugar. No princípio o mundo odiou e perseguiu a Igreja de Deus. Agora, muitos principais e pessoas que comandam o mundo também governam a Igreja professa. Tudo isso devemos reconhecer e lamentar, pois não é possível andar dignamente do Senhor enquanto andamos dignamente do mundo indigno.

Você reconhece Jesus como seu SENHOR? Sem dúvida, isso só pode ser feito pelo Espírito de Deus. “E ninguém pode dizer que Jesus é o Senhor, senão pelo Espírito Santo” (1 Co 12:3). Nós podemos reconhecer outros senhores, mas se nós verdadeiramente confessamos Jesus como “o Senhor”, podemos descansar assegurados que isso vem do Espírito de Deus.

Que conforto divino, então, há nestas palavras de vida, “Porque onde estiverem dois ou três reunidos em Meu nome, aí estou Eu no meio deles” (Mt 18:20). Sim, se encontramos graça aos Seus olhos, devemos contar com Sua presença conosco. É suficiente, não precisamos de mais nada, em breve veremos Sua face em glória – Aquele que é Senhor de tudo.

Christian Truth (adaptado)

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