Origem: Revista O Cristão – Andando Dignamente

“Anda em Minha Presença”

Aqueles que lutam as batalhas do Senhor devem se contentar em não ser considerados, de forma alguma. Eles não devem esperar ser, de maneira nenhuma, encorajados pelas perspectivas de louvor humano. E se você abrir uma exceção para que os filhos de Deus o louvem, seja o que for que o mundo disser, tome cuidado com isso, pois você pode transformá-los em um mundo e encontrar neles um mundo, e você pode semear na carne, ao semear para a aprovação deles, e você não será beneficiado por eles nem eles por você, enquanto o ser respeitado por eles seja sua motivação, enquanto estiver consciente do que eles pensarão de você.

Todos esses motivos são um veneno e tiram de você a força pela qual você deve dar glória a Deus, e porque esse tempo pode ser necessário para você, eu te suplico: esteja preparado para um momento em que você será como uma pessoa desconhecida, mesmo para com aqueles que conhecem a Deus. Não é verdade de que todos os que veem a face do Senhor vejam uns aos outros. Não é verdade de que a má compreensão do mundo é a única má compreensão sob a qual o Cristão deverá se contentar em trabalhar aqui. Ele deve esperar que até mesmo seus irmãos o vejam como que por meio de uma névoa, e se desapontar quanto à simpatia e as aclamações de aprovação deles. O homem de Deus deve caminhar sozinho com Deus; ele deve estar contente que o Senhor sabe. E é um alívio, sim, é um tão grande alívio para o homem natural dentro de nós, recorrer ao semblante e à simpatia humanos que muitas vezes nos enganamos e pensamos que é amor fraternal, quando estamos apenas descansando na simpatia terrenal de um irmão verme [N. do T.: Veja Jó 25:6]. Vocês devem ser seguidores d’Aquele que foi deixado só, e você deve, como Ele, regozijar-se por não estar sozinho, porque o Pai está com você para que você possa dar verdadeira glória a Deus. Não posso deixar de falar sobre isso. É uma glória tal para Deus ver uma alma que foi, por meio da carne, acessível ao louvor do homem, cercada por centenas e milhares de seus semelhantes, cada um dos quais ele sabia agradar, e ainda assim que ele estaria contente, sim, pacífico e feliz em fazer, com uma única referência a Deus, aquilo que ele sabe que todos vão entender de maneira errada e interpretar mal. Aqui estava a vitória de Jesus.

J. N. Darby

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