Origem: Revista O Cristão – Mudança
Reforma Não É Cura
Você perceberá que o homem muda suas formas de agir, porém nunca cura a si mesmo. Essa verdade tem várias ilustrações em toda a história deste mundo e pode ser um aviso oportuno para nós neste momento.
Israel no deserto mostrou isso. Primeiramente eles fizeram um bezerro; e depois fizeram um líder. O ídolo imundo foi abandonado por causa do pensamento presunçoso de elevar um dentre eles mesmos (Arão), porém isso era apenas uma mudança e não uma cura.
Quando Israel estava na terra prometida fez o mesmo outra vez. Por muitos anos eles tiveram os ídolos das nações como seus deuses, até que a Babilônia se tornou o lugar de seu cativeiro e julgamento. Porém, quando eles retornaram à terra, apesar de não terem voltado a seus deuses, eles se tornaram infiéis e presunçosos. Leia seus caminhos em Esdras e Neemias, e especialmente em Malaquias. Novamente houve uma mudança e não uma cura.
A casa imunda
O Senhor em Seu ensino contempla isso (Veja Mateus 12:43-45). Primeiro era a casa imunda, e depois a casa varrida e ornamentada. Mas essa não era nenhuma cura. Alguns disseram que o Senhor fez Sua obra pelo poder de Belzebu, e outros O desafiaram a mostrar um sinal. Eles podiam variar em suas formas de inimizade, mas ainda era inimizade. E ao invés de toda essa mudança resultar em uma cura, seu último estado se tornou pior do que o primeiro. O que transpareceu na casa varrida foi ainda pior do que aquilo que foi testemunhado e praticado na casa imunda.
Isso, amados, é uma verdade muito séria, mas muito oportuna. As nações estão inquietas e prontas para uma mudança. O coração dos homens está batendo alto e prometendo a eles grandes coisas. Mas é bom lembrar que o homem pode mudar a sua maneira de agir, mas ele nunca pode curar a si mesmo. A mudança termina apenas em algo pior. Nos “últimos tempos” da Cristandade, vemos determinadas formas de mal (1 Timóteo 4), mas quando lemos “os últimos dias”, vemos somente uma mudança dos mesmos males que já existiam anteriormente (2 Timóteo 3). Ainda é maldade e não cura.
No terrível desenrolar de Apocalipse, podemos ver isso novamente. É mudança e não cura. A mulher que corrompia a Terra será removida, mas a besta e seu exército tomarão a liderança e porão suas forças contra o Senhor (Apocalipse 19). Os reis da terra poderão até odiar a prostituta e derrubá-la, porém será apenas para dar o seu poder para a besta e fazê-la emergir (Apocalipse 17).
Julgamento – não mudança
Assim, mudanças são testemunhadas. Uma forma de mal dá lugar a outra forma de mal. Não existe cura. Julgamento deve ser executado, e isso não é cura, mas é o abrir caminho para algo novo. O julgamento irá tirar tanto o homem de sua posição como a corrupção para preparar o caminho para Cristo e Seu poder e justiça.
O mal é incurável e deve ser destronado pelo julgamento. E assim como a mudança do homem não gerou nenhuma cura, também as diferentes formas do Senhor lidar com ele não resultaram em correção. “Ainda que se mostre favor ao ímpio, nem por isso aprende a justiça” (Is 26:10). Tudo nos mostra que não resta mais nada além de juízo. Como diz o mesmo profeta, “havendo os Teus juízos na Terra, os moradores do mundo aprendem justiça” (Is 26:9). E novamente, “todas as nações virão e se prostrarão diante de Ti, porque os Teus juízos são manifestos” (Ap 15:4). Julgamento, portanto, fecha o cenário e abre caminho para coisas novas – não algo remendado. E então a Glória sucede o Julgamento.
Words of Truth (adaptado)
