Origem: Revista O Cristão – Jerusalém
Jerusalém – “pisada pelos gentios”
Talvez seja interessante fazermos uma pequena consideração a respeito de Jerusalém depois de Tito tê-la destruído. Como sabemos pela Escritura, a cidade e o templo ainda irão ser reconstruídos, a cidade habitada pelo antigo povo de Deus e será levada à bênção (veja Is 62:6-7; Ez 48:35).
Nada foi ouvido sobre Jerusalém por cerca de 50 anos após sua destruição realizada por Tito. Nos tempos de Adriano (117 – 138 a.C.) ela se tornou novamente o centro de várias revoltas feitas pelos Judeus. Como o lugar onde a cidade se encontrava era naturalmente de grande força, Adriano pensou em reconstruir a cidade, e fazer uma fortaleza dela para prevenir que os Judeus novamente fizessem dela um ponto de encontro para suas revoltas, mas aparentemente os Judeus já tinham reconstruído a cidade parcialmente. Eles já estavam prontos para a revolta, e uma conspiração generalizada havia se formado. Barcoquebas “o filho da estrela”, que alegou ser a estrela que sairia de Jacó (Nm 24:17), foi coroado como rei em Beter pelos Judeus, e era tido pelo povo como sendo o Messias. Multidões se aglomeravam ao redor dele; eles se tornaram senhores de Jerusalém e tentaram reconstruir o templo. Adriano, percebendo que suas tropas não poderiam interromper a revolta, mandou chamar Juliano Severo da Grã-Bretanha para continuar a guerra. Este conflito durou dois anos até que Jerusalém fosse tomada e, somente depois de uma feroz batalha, Barcoquebas foi morto.
Judeus morrem
Beter ainda existe, e desde que a cidade foi grandemente fortificada, os Judeus expulsaram os romanos diversas vezes, mas eram obrigados a se rederem por causa da fome e de doenças. É dito que mais de meio milhão de Judeus morreram aqui e ali, e consideravelmente mais do que esses ainda morreram na guerra ao todo. As perdas dos romanos também foram imensas, tendo em vista quão numerosos e furiosos eram os Judeus.
Barcoquebas era rico e suficiente estabelecido que pôde fazer moedas com as inscrições que diziam “Jerusalém a Santa” ou “Pela liberdade de Jerusalém”, mas o tempo para Deus favorecer Sião ainda não tinha chegado: tudo falhará até lá, e este falso cristo foi morto.
Adriano reconstruiu a cidade como uma colônia romana e a chamou de Ælia Capitolina (136 d.C.), e um templo para o Capitólio de Júpiter foi erguido no local do templo de Deus. Somente Cristãos e pagãos eram permitidos em Jerusalém; Os Judeus foram proibidos de entrar sob pena de morte, e esta lei permaneceu por muito tempo em vigor.
Os Judeus recebem permissão
No quarto século os Judeus receberam permissão para visitar as redondezas, e depois permitidos a entrarem na cidade uma vez por ano para chorar por causa da sua desolação e profanação. Jerônimo fala das multidões de miseráveis em trajes esfarrapados que choravam no muro ocidental do templo, e que pagavam os soldados para que permitissem que prolongassem sua visita.
Ela manteve o nome de Ælia depois que Constantino construiu o “Martírio” no suposto lugar da crucificação. Ele destruiu um templo para Astarte (ou Astarote), a Vênus fenícia, e construiu um oratório no local.
Em 326 d.C. a imperatriz Helena, mãe de Constantino, visitou a cidade e várias igrejas foram construídas.
Uma tentativa de construir o templo
Em 362 d.C. os Judeus fizeram uma tentativa de reconstruir o templo em Jerusalém, com o apoio do imperador apóstata Juliano, cujo objetivo parece ter sido o de desacreditar o Cristianismo e refutar as Escrituras que falam dele como suplantando o judaísmo. O trabalho foi iniciado com grande zelo, e até as mulheres levavam o entulho em seus aventais. Algumas fundações foram assentadas, mas um severo redemoinho e terremoto as abalaram, e o fogo explodiu do chão e queimou durante o dia todo. Os trabalhadores aterrorizados correram para uma igreja próxima, mas as portas se fecharam por si só, e muitos foram consumidos pelo fogo. Alguns se abrigaram em um pórtico, mas ele caiu durante a noite e os esmagou. Este relato não é dado simplesmente pelos inimigos dos Judeus; um nobre romano também o relata e o atribui à causa sobrenatural. Se tudo isso é verdade, mostra que o tempo estabelecido por Deus certamente não chegou para se reconstruir o templo.
Em 437 d.C. os muros foram reconstruídos pela imperatriz Eudóxia. Havia rancorosa inveja e conflitos entre Judeus e Cristãos. Os Judeus se deleitavam em comprar escravos Cristãos, e recusavam sua redenção a não ser por um preço muito elevado.
614 – Jerusalém foi tomada e saqueada pelos persas sob Crosroes II.
628 – É retomada por Heraclius.
637 – A cidade é rendida ao califa Omar.
1.077 – Capturada e saqueada pelos Carismus.
1.096 – Capturada pelo califa do Egito.
1.099 – Tomada pelas Cruzadas.
1.187 – Retomada por Saladino.
1.229 – Cedida aos Cristãos no tratado com o imperador Frederico II.
1.243 – Capturada pelas hordas Carismianas.
1.277 – Nominalmente anexada ao reino da Sicília.
1.517 – Passou ao domínio do sultão Otomano.
1.542 – Os muros atuais construídos por Solyman. Jerusalém é parte do império otomano até 1917.
1.917 – Passou ao domínio britânico.
1.948 – Jerusalém dividida entre Israel e Jordânia.
A Profecia do Senhor
“Jerusalém, Jerusalém, que matas os profetas e apedrejas os que te são enviados! Quantas vezes quis Eu ajuntar os teus filhos, como a galinha ajunta os seus pintos debaixo das asas, e tu não quiseste [Eis que a vossa casa se vos deixará desolada” – JND]” (Mt 23:37-38). Também lemos que “Jerusalém será pisada pelos gentios, até que os tempos dos gentios se completem” (Lc 21:24). Estes tempos não serão cumpridos até que nosso Senhor apareça em poder e glória, no final da grande tribulação. O Cristão tem uma esperança diferente, além de todos os tempos e circunstâncias, de esperar por seu Senhor do céu, que disse: “Certamente, cedo venho”. Que a resposta do coração seja: “Amém. Ora, vem, Senhor Jesus!” (Ap 22:20).
Bible Handbook – Adaptado
