Origem: Revista O Cristão – A Administração do Dinheiro
A Coleta à Mesa do Senhor
Além da adoração e do sacrifício de louvor à mesa do Senhor, a oferta monetária dada naquele momento também é um privilégio e uma responsabilidade importantes. Acreditamos que 1 Coríntios 16:2 é a autoridade divina para a coleta no primeiro dia da semana. O apóstolo inspirado havia se aprofundado na verdade mais sublime e preciosa no final do capítulo 15, e podemos ter certeza de que ele não considerou uma interrupção à comunhão escrever as palavras: “Ora, quanto à coleta”. O Senhor coloca, por assim dizer, Seu cesto em nossas mãos e nos capacita a contribuir para Sua causa. É a oportunidade mais adequada que temos, como assembleia, para fazê-lo. Além disso, é moralmente apropriado – sim, é simples justiça – contribuir. Como o aluguel será pago? Como todas as despesas serão pagas? E depois há os pobres do Senhor e a obra do Senhor no país e no exterior. Como tudo isso seria atendido? Não é um santo privilégio todos terem comunhão? E que ocasião mais adequada do que quando estamos sentados à mesa de nosso Senhor, nos banqueteando, em santa comunhão, da rica provisão de Seu amor?
Alguns podem pensar que as palavras “cada um de vós ponha de parte o que puder ajuntar” vão contra a ideia de uma coleta pública. Mas por que dizer: “No primeiro dia da semana”, se fosse apenas uma questão particular? Acreditamos que o colocar à parte [isto é, reservar] mostra a natureza calma, deliberada e dedicada da oferta. Devemos determinar, perante o Senhor em segredo, o que podemos dar e, em seguida, na assembleia pública depositar nossa oferta no tesouro do Senhor, lembrando que Seus olhos estão sobre nós. Não esqueçamos as palavras: “cada um de vós” e “conforme a sua prosperidade”.
Chegamos e nos beneficiamos do espaço e de suas acomodações – da assembleia e de seus privilégios; então não deveríamos considerar como todas essas coisas devem ser providas? E isso é simplesmente adotar a visão mais básica possível do assunto. Se tão somente olharmos como uma questão de justiça comum, somos moralmente obrigados a contribuir, de acordo com nossos meios, para as despesas do local onde nos encontramos e onde podemos desfrutar de alguns dos mais ricos privilégios que os Cristãos podem experimentar na Terra.
Não temos o direito de supor que um ou alguns membros ricos da assembleia pagarão todas as despesas. Agir com base nessa suposição é negar nossa responsabilidade individual e renunciar a um privilégio muito precioso. Quando consideramos que o recipiente sobre a mesa do Senhor é o Seu tesouro, do qual Ele paga o aluguel do local para o Seu povo se reunir e do qual Ele satisfará tanto a necessidade dos Seus pobres quanto as demandas de Sua obra, então temos a ideia correta “quanto à coleta”. Sem dúvida, aqueles que assumem a responsabilidade de administrar o dinheiro do Senhor precisam de muita graça e sabedoria, e devem procurar agir em plena comunhão com irmãos sérios e piedosos na distribuição das ofertas da assembleia. Sendo assim, a coleta à mesa do Senhor é uma continuidade ordenada da adoração e da comunhão à mesa do Senhor e é evidência de uma mente espiritual e de um coração generoso.
Things New and Old 19:27 (adaptado)
