Origem: Revista O Cristão – O Reino
O Reino
Estamos ansiosos para nos unirmos à grande multidão que triunfantemente clama: “Aleluia! Pois o Senhor nosso Deus, o Todo-poderoso, tem tomado para Si mesmo poder real” (Ap 19:6 – JND), e para proclamar: “Regozijemo-nos, e alegremo-nos, e demos-Lhe glória, porque vindas são as bodas do Cordeiro” (v. 7). Este é o nosso gozo e privilégio futuros.
Enquanto esperamos ansiosos por tais eventos futuros, a vida de Paulo registrada em Atos nos lembraria de nosso atual privilégio e responsabilidade com relação ao reino. Na última visita de Paulo aos anciãos efésios, ele lhes disse: “E, agora, na verdade, sei que todos vós, por quem passei pregando o Reino de Deus, não vereis mais o meu rosto”, e as últimas palavras em Atos a respeito de Paulo mostram ele “pregando o Reino de Deus e ensinando com toda a liberdade as coisas pertencentes ao Senhor Jesus Cristo”.
Nós vivemos na Terra hoje no reino de Deus. Nós somos parte disso. Como Paulo, temos a responsabilidade presente de pregar as coisas concernentes a esse reino e viver de maneira justa sob o governo de Deus. Nós confiamos que o foco deste tema nos ajudará a entender e cumprir nossas responsabilidades presentes enquanto aguardamos o dia que se aproxima, quando o Filho do Homem reinará sobre a Terra em poder e glória.
O reino em palavra e ação
Um Cristão bem instruído não é necessariamente aquele que adquiriu um extenso conhecimento da Escritura, embora tal conhecimento possa ser um meio para o fim de se tornar um Cristão bem instruído. A Bíblia é como um mapa, na medida em que nos mostra o caminho a ser seguido e manter uma caminhada com Deus. Eu posso ter uma excelente familiaridade com o mapa de um determinado país ou continente, mas ainda ser um explorador muito pobre. Da mesma forma, as pessoas podem possuir uma grande quantidade de conhecimento bíblico e ser capazes de falar de maneira bela sobre as coisas mais profundas e a vida superior, quando, ao mesmo tempo, sua experiência pode ser superficial e sua vida uma desonra para Deus. “Se sabeis essas coisas, bem-aventurados sois se as fizerdes” (Jo 13:17).
Os ensinamentos de nosso Senhor no Sermão da Montanha para aqueles que querem entrar no reino, por exemplo, não são sugestões que podemos aceitar ou rejeitar. O próprio Cristo age de acordo com esses princípios. Sua Palavra deve habitar em nós, controlando constantemente nossa vida. Então, e não até então, estaremos permanecendo n’Ele.
É muito importante, ao ler a Bíblia, lembrar que nosso objetivo deve ser mais do que apenas visões claras da verdade. Eu posso perceber um grande significado interior no sacrifício de Isaque por Abraão, mas em minha vida eu também tenho um monte Moriá. Isso é para mim o assunto realmente importante. Da mesma forma, eu posso entender a progressão na experiência de Jacó, em que Betel marcou um estágio e Peniel outro completamente diferente, e que muito se passou entre esses dois. Mas eu também preciso percorrer esse mesmo caminho.
A Palavra de Deus deve estar diante de nós o tempo todo, não para copiamos, mas para reproduzirmos a verdade. Não devemos ser encorajados a simplesmente acumular conhecimento bíblico e a pensar que, por sabermos muito, somos capazes de ensinar outros que talvez tenham estudado menos.
Sim, essa ilusão é comum e não apenas entre alguns. Mas o mero ensinamento não nutre a alma, a verdade deve ter controle completo em nossa vida. Deus sempre nos colocará em circunstâncias nas quais a Sua Palavra nos testará. O caminho que nosso Senhor Jesus seguiu O conduziu à cruz, e a pergunta ao longo do caminho será sempre: “Estamos dispostos a seguir esse caminho com Ele?” Significa morrer para si mesmo, diariamente. Estamos dispostos a deixar que Ele viva em nós? Não há outra maneira de trazer bênçãos aos outros.
Adaptado do livro Pastor Hsi
