Origem: Livro: Breves Esboços dos Livros da Bíblia

A Igreja e Profecia

Talvez seja necessário, neste momento, discutir brevemente a posição da Igreja em relação à profecia. A Igreja não era, e não é, o assunto da profecia. A profecia está ocupada com o trato de Deus no governo da Terra, no centro do qual está Israel. É importante que os crentes entendam isso, de outra forma muito do conteúdo na Bíblia causará confusão. A Igreja é uma entidade bastante distinta de Israel: “não deis escândalo nem aos judeus, nem aos gregos, nem à Igreja de Deus” (1 Co 10:32).

Em Mateus, a Igreja é uma coisa futura. Pedro era uma pedra (“Pedro” em grego é “petros”, uma “pedra”), mas é a verdade da confissão de Pedro: “Tu és Cristo, o Filho do Deus vivo” (Mt 16:16), que forma a fundação – a rocha – sobre a qual Cristo edificaria Sua assembleia. Ele é o construtor, e o edifício é dele. Ela é perfeita; os portões do inferno não podem prevalecer contra ela (Mt 16:15-18).

A escritura também apresenta uma visão da Igreja em relação à responsabilidade humana. Paulo, como sábio mestre-construtor, lançou a base – Jesus Cristo – sobre a qual outros edificam; não apenas com ouro, prata e pedras preciosas, mas também com madeira, feno e palha (1 Co 3:10-12).

A decadência que entrou é mencionada em 2 Pedro, e nas epístolas de João e Judas. Nos discursos das sete igrejas em Apocalipse, temos uma visão do Cristianismo em suas várias fases de declínio. Não é a própria Igreja que é o assunto, mas a ruína moral da Cristandade professa neste cenário terreno. Enquanto a noiva, “Igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante” (Ef 5:27), será chamada ao Arrebatamento, a profissão vazia apóstata que permanece (a “grande prostituta” – Ap 17:1), será vomitada da Sua boca (Ap 3:16). O Senhor então retomará Israel – os ramos naturais (Israel) sendo enxertados em sua própria oliveira (Rm 11:24).

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