Origem: Livro: Para Que Te Vá Bem

Homossexualidade

As Escrituras falam de amor entre indivíduos do mesmo gênero. “A alma de Jônatas se ligou com a alma de Davi: e Jônatas o amou, como à sua própria alma” (1 Sm 18:1). Em sua morte, Davi escreve sobre Jônatas: “Angustiado estou por ti, meu irmão Jônatas; quão amabilíssimo me eras! mais maravilhoso me era o teu amor do que o amor das mulheres” (2 Sm 1:26). Este mundo é obcecado por sexo. A mente natural é totalmente pervertida. Assim que se fala em amor, assume-se que há uma união sexual. Amor agape, parece, é desconhecido, e o amor eros toma o seu lugar. O fato de o amor de Davi por Jônatas exceder o amor das mulheres indica que ele era inteiramente sem motivos sexuais. “Todas as coisas são puras para os puros, mas nada é puro para os contaminados e infiéis: antes o seu entendimento e consciência estão contaminados” (Tt 1:15).

A Bíblia é perfeitamente clara quanto à posição de Deus em relação a toda imoralidade, e isso inclui relacionamentos sexuais entre indivíduos do mesmo gênero. “Quando também um homem se deitar com outro homem como com mulher, ambos fizeram abominação” (Lv 20:13). Traga isso à tona, no entanto, e objeções violentas são levantadas imediatamente. Será mencionado que a Lei Mosaica também proíbe comer carne de porco e ostras: Também estamos sujeitos a esses estatutos? A isso eu responderia: A lei diz: “Não furtarás” (Êx 20:15) e será que é correto roubar hoje? “Não adulterarás” (Êx 20:14). O adultério é aceitável? Que tal, “Não matarás” (Êx 20:13)? Os princípios morais da lei são tão válidos hoje quanto eram quando foram escritos. No Novo Testamento, encontramos a confirmação disso: “Aquele que furtava, não furte mais” (Ef 4:28). “Seja honrado o matrimônio por todos, e seja o leito sem mácula; pois aos fornicários e adúlteros, Deus os julgará” (Hb 13:4 – TB). “Que nenhum de vós padeça como homicida” (1 Pe 4:15). Em distinto contraste, a liberdade do Cristão em relação às restrições alimentares da Lei de Moisés é perfeitamente esclarecida: “Proibindo o casamento e ordenando a abstinência dos manjares que Deus criou para os fiéis e para os que conhecem a verdade, a fim de usarem deles com ações de graças. Porque toda a criatura de Deus é boa, e não há nada que rejeitar, sendo recebido com ações de graças” (1 Tm 4:3-4; veja também At 10:10-15). Embora a Lei mosaica não seja a regra de vida do Cristão (a graça vai muito além de suas reivindicações), existe um uso correto e adequado da lei: ela traz todas as coisas contrárias aos seus princípios morais para debaixo da condenação. “A lei não é feita para o justo, mas para os injustos e obstinados, para os ímpios e pecadores para os fornicários, para os sodomitas e para o que for contrário à sã doutrina” (1 Tm 1:9-10).

O Novo Testamento não nos deixa em dúvida quanto à posição do Cristão em relação à homossexualidade. “Pelo que Deus os abandonou às paixões infames. Porque até as suas mulheres mudaram o uso natural, no contrário à natureza. E, semelhantemente, também os varões, deixando o uso natural da mulher, se inflamaram em sua sensualidade uns para com os outros, varão com varão, cometendo torpeza e recebendo em si mesmos a recompensa que convinha ao seu erro” (Rm 1:26-27). “Não sabeis que os injustos não hão de herdar o reino de Deus? Não erreis: nem os devassos, nem os idólatras, nem os adúlteros, nem os efeminados, nem os sodomitas, nem os ladrões, nem os avarentos, nem os bêbedos, nem os maldizentes, nem os roubadores herdarão o reino de Deus” (1 Co 6:9-10). “Assim como Sodoma, e Gomorra, e as cidades circunvizinhas, que, havendo-se corrompido como aqueles e ido após outra carne, foram postas por exemplo, sofrendo a pena do fogo eterno” (Jd 7).

O Senhor Jesus descreveu a natureza do relacionamento matrimonial aos Seus discípulos. Gostaria novamente de chamar sua atenção para o capítulo 19 do Evangelho de Mateus. “Aquele que os fez no princípio macho e fêmea os fez e serão dois numa só carne” (Mt 19:4-5). Curiosamente, nessa mesma porção, o Senhor observa: “há eunucos que assim nasceram do ventre da mãe” (Mt 19:12). Alguns homens não têm um desejo sexual por mulheres. É uma condição em que nasceram; não há sugestão de que algo os mudará. Isso não está errado – na verdade, poderia ser usado para a glória de Deus. De maneira alguma, porém, isso fala de homossexualidade. Um relacionamento homossexual não se justifica com base em nossos desejos naturais ou na falta deles. Da mesma forma, o desejo de um homem por uma mulher não justifica a fornicação ou o adultério. Além disso, simplesmente porque algo é consensual, não o torna moral ou correto aos olhos de Deus.

Eu mal toquei a superfície deste assunto; este é um daqueles sobre os quais a Escritura está longe de ser silenciosa. O homem, no entanto, encontrará uma maneira de justificar seu comportamento, é sua natureza: “pecado é iniquidade [ausência de lei – JND](1 Jo 3:4). Não importa como os governos escolham redefinir o casamento, isso é apenas um disfarce para o homem de independência obstinada a um Deus santo e justo.

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