Origem: Livro: O Espírito Santo
O Fruto do Espírito
Em primeiro lugar e mais importante, o Espírito Santo glorifica a Cristo, tornando conhecido o conselho do Pai a respeito de Seu Filho. “O Espírito da verdade… Ele me glorificará, porque há de receber do que é meu e vo-lo há de anunciar” (Jo 16:13-14). É o Espírito quem revela as coisas profundas de Deus. “Mas Deus no-las revelou pelo seu Espírito; porque o Espírito penetra todas as coisas, ainda as profundezas de Deus” (2 1 Co 2:10).
Em Romanos, lemos: “O amor de Deus está derramado em nosso coração pelo Espírito Santo que nos foi dado” (Rm 5:5). O amor do qual é falado não é aquela apreciação inicial do amor de Deus por nós na redenção, mas um senso mais profundo de Seu amor – uma apreciação que cresce a cada passo de nossa jornada no deserto. É o Espírito Santo que enche nossos corações com um sentimento imenso do amor de Deus, especialmente em nossas provações.
O Espírito de Deus acalma o coração ansioso, primeiro quanto à nossa posição diante de Deus e, segundo, em todas as nossas circunstâncias. “Não recebestes o espírito de escravidão, para, outra vez, estardes em temor, mas recebestes o espírito de adoção de filhos, pelo qual clamamos: Aba, Pai. O mesmo Espírito testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus” (Rm 8:15-16). É por meio da habitação do Espírito Santo que temos a consciência de nosso relacionamento com Deus como filhos. O Espírito também nos dá a conhecer nosso lugar como filhos, por meio do qual podemos clamar: “Aba, Pai”.
Durante a ausência de Cristo nesta terra, a vida de Cristo deve ser exibida pelo Seu povo redimido, por meio do Espírito Santo. O Espírito de Cristo deve se manifestar em nossa vida diariamente. É o fruto do Espírito que provê as características proeminentes da caminhada Cristã. “O fruto do Espírito é: caridade, {ou amor} gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança” (Gl 5:22-23). Nossa caminhada deve ser uma manifestação externa da habitação do Espírito Santo. “Se vivemos no Espírito, andemos também no Espírito” (Gl 5:25). O Espírito Santo irá reproduzir as características morais de Jesus em nossa vida. Sem o Espírito Santo, simplesmente não podemos andar como Cristãos.
“E da mesma maneira também o Espírito ajuda as nossas fraquezas; porque não sabemos o que havemos de pedir como convém, mas o mesmo Espírito intercede por nós com gemidos inexprimíveis” (Rm 8:26). Em Efésios, onde lemos sobre a armadura de Deus, o componente final é a oração: “Orando em todo tempo com toda oração e súplica no Espírito” (Ef 6:18). Não oramos para o Espírito; nós oramos no Espírito. Se eu orar para o Espírito, quem está orando? É o Espírito que nos dá expressão – não eloquência. Nossas orações podem muito bem ser com gemidos para os quais a linguagem é inadequada.
O Espírito Santo é o Consolador supremo – pronto para fortalecer, apoiar e encorajar. A atividade do Espírito não se limita, entretanto, às nossas provações. O Espírito eleva nossos pensamentos para fora de nós mesmos para as excelências do Próprio Deus. “Porque a circuncisão somos nós, que adoramos pelo Espírito de Deus, e nos gloriamos em Jesus Cristo, e não confiamos na carne” (Fp 3:3 JND). Tal como acontece com a oração, não dirigimos nossa adoração para o Espírito Santo; é pelo Espírito que adoramos. Se eu adoro o Espírito Santo, então surge a questão: por que espírito estou adorando?
Muito poderia ser escrito sobre o fruto do Espírito, mas nossa visão geral deve ser superficial. É um campo rico que exige mais estudo e meditação. A indiferença demonstrada pela cristandade em relação ao Espírito Santo, por um lado, ou a preocupação equivocada com os dons espirituais, por outro, não são saudáveis nem bíblicos.
