Origem: Livro: O Propósito das Provações
A Mansidão e a Benignidade de Cristo
Intimamente conectadas com as compaixões de Cristo estão “a mansidão e a benignidade de Cristo” (2 Co 10:1). Nos capítulos 10 a 13 da segunda epístola de Paulo aos coríntios, ele defende seu apostolado. Esse era um assunto delicado, e poderia facilmente parecer vanglória e promoção de si mesmo. O problema era que havia determinados adversários que tinham afetado o pensamento de alguns dos coríntios, tentando afastá-los do apóstolo. Paulo sabia que se não tratasse esse assunto corretamente poderia perdê-los completamente a partir do momento em que deixariam de ouvir o apóstolo. Sabiamente ele deixou para tratar disso por último, por causa de sua natureza delicada, e o abordou com “a mansidão e benignidade de Cristo”. Em outras palavras, procurou tratar do assunto como o próprio Senhor Jesus faria.
Haverá ocasiões quando você terá que falar com alguém sobre algum assunto que, se não for tratado corretamente, poderá dar lugar a alguma ofensa pessoal – a pessoa poderá facilmente ficar ofendida, e talvez, deixar de se reunir. Será nessa situação que precisaremos especialmente da “mansidão e benignidade de Cristo”. Temos que falar a verdade, mas devemos fazê-lo em amor.
Talvez sejamos um pouco insensíveis aos sentimentos dos outros, e nos falte tato e graça. Alguns de nós pode ser um pouco como “um touro numa loja de porcelana”, mas Deus tem Suas maneiras de formar em nós as características de Cristo. Ele pode permitir que sintamos o que é alguém vir até nós de maneira arrogante que seja ofensiva, para nos exercitar sobre como tratamos os outros. Precisar interagir diariamente com alguém assim pode ser uma verdadeira provação, mas Deus pode ter colocado tal pessoa em nossa vida para nos exercitar. Apesar de tudo, “Como na água o rosto corresponde ao rosto, assim, o coração do homem, ao homem” (Pv 27:19). Aprendemos o que está em nossos corações vendo isso em alguma outra pessoa é uma experiência humilhante.
