Origem: Revista O Cristão – Adoração
O Fogo e o Incenso
“E os filhos de Arão, Nadabe e Abiú, tomaram cada um o seu incensário e puseram neles fogo, e colocaram incenso sobre ele, e ofereceram fogo estranho perante o SENHOR, o que não lhes ordenara. Então saiu fogo de diante do SENHOR e os consumiu; e morreram perante o SENHOR” (Lv 10:1-2). O fogo apresenta uma figura do juízo de Deus. O fogo que eles colocaram em seus incensos não veio do altar de cobre, onde o contínuo holocausto era oferecido a Deus. O fogo sob o holocausto é uma figura de como o juízo de Deus trouxe à tona o cheiro suave que Cristo foi para Deus quando Ele esteve na cruz. Não havia nada impuro n’Ele. Cristo voluntariamente Se oferecendo a Deus na morte fez propiciação a Deus. A santidade de Deus exigia que fosse feita propiciação. “Cristo… Se ofereceu a Si mesmo imaculado a Deus” (Hb 9:14).
O segundo lugar em que o fogo foi usado foi na oferta pelo pecado, o sacrifício necessário para tirar o pecado. O fogo consumiu a oferta pelo pecado fora do arraial. A vítima morreu em substituição dos culpados e levou seus pecados. Cristo cumpriu isso durante as três horas de trevas, quando clamou: “Deus Meu, Deus Meu, por que Me desamparaste?” Este sacrifício foi necessário para o pecador. Devemos perceber o que Cristo sofreu, sendo abandonado fora do acampamento por nossos pecados.
A ação do fogo no holocausto produz apenas um cheiro suave. A ação do fogo na oferta pelo pecado consome, fora da morada de Deus (o arraial), tudo o que é contrário (pecaminoso) à Sua santa presença. Esses dois efeitos estão relacionados à ação do fogo e ambos encontraram seu cumprimento na cruz. Nesta base, Deus procura adoradores que O adorem em espírito e em verdade. Nesta base, os crentes podem agora entrar no santo dos santos como adoradores. A ação do fogo no incenso nos incensários trouxe o cheiro suave. É uma figura da Pessoa de Cristo. Ele é o tema da nossa adoração. Nenhum incenso (adoração) é permitido na presença de Deus que esteja à parte da ação do fogo do juízo em que Cristo morreu ou à parte da lembrança disso. O único incenso aromático aceitável diante de Deus (uma figura de nossa adoração) era aquele produzido a partir do fogo do altar. A adoração em espírito e em verdade tem como base a recusa e o julgamento de tudo o que sou em mim mesmo e a confissão de que Deus encontrou Sua eterna satisfação na Pessoa e na obra do Senhor Jesus Cristo.
Toda pretensão de adoração que não se baseia nisso é resultado de “fogo estranho”. Nem talento natural, habilidade, intelecto, habilidade musical ou belas artes são aceitáveis como adoração; são coisas do primeiro homem (Adão), e nada que tenha sua origem nele pode vir diante de Deus, exceto para juízo. Todos os Cristãos podem ser adoradores, mas a autoafirmação é proibida. Cristo é o único Objeto que deleita o coração de Deus. Como adoradores, estamos em “terra santa”. O fogo consome tudo o que é contrário à mente de Deus, e somente aquilo que fala da Pessoa e obra de Seu amado Filho é aceitável. Que seja nosso desejo apresentar aquilo que Lhe agrada.
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