Origem: Livro: A Epístola de Paulo aos COLOSSENSES
EM RELAÇÃO AOS CRENTES (vs. 18-22)
Paulo continua a apresentar as glórias de Cristo em conexão com os crentes. O versículo 18 mostra que Deus agiu na cena da morte (em ressurreição) com o propósito de trazer os crentes a um relacionamento com a Divindade, para que pudessem desfrutar do que Ele desfrutava em Seu amado Filho. Em virtude de Sua ressurreição e ascensão no alto, Cristo Se tornou “a Cabeça do corpo” e “o Primogênito de entre os mortos” (ARA). Assim, Ele tem uma glória eclesiástica como Cabeça do corpo e a glória da preeminência em conexão com Seu lugar na raça da nova criação. Os crentes, portanto, têm uma ligação dupla com Cristo à destra de Deus.
Primeiramente, somos vistos na Escritura como “membros” do corpo de Cristo, do qual Ele é a Cabeça (Rm 12:5; 1 Co 12:12-13). Esta ligação com Ele foi feita quando Ele subiu à destra de Deus e enviou o Espírito Santo para habitar nos crentes (At 2). Em segundo lugar, somos vistos na Escritura como “irmãos” na nova raça da criação dos homens, da qual Cristo é o Primogênito (Rm 8:29; 2 Co 5:17; Gl 3:28-29, 6:15; Ef 2:10, 4:24; Cl 3:10-11; Hb 2:12-13; Ap 3:14) Essa ligação com Cristo foi estabelecida depois que Ele ressuscitou dos mortos e soprou nos discípulos dizendo: “Recebei o Espírito Santo” (Jo 20:22). Assim, Ele é “o Princípio” de uma raça completamente nova de homens (Ap 3:14), e como Primogênito nessa raça, Ele deve ter a “preeminência” em todas as coisas. (Cristo como Primogênito dos mortos no verso 18 não deve ser confundido com Cristo como Primogênito de toda a criação no verso 15. Estas são duas esferas diferentes de primazia. Como Primogênito de toda a criação, Ele é a Cabeça da criação natural; Como Primogênito dentre os mortos, Ele é o Cabeça da nova criação).
Esses dois elos com Cristo no alto são indicados por duas expressões nas epístolas de Paulo. Elas são:
- “O Cristo” – Isso geralmente se refere aos membros do corpo e à Cabeça sendo unidos em uma unidade (união), onde são encontradas nossas bênçãos e privilégios coletivos na adoração e no ministério, capacitados pelo Espírito Santo (1 Co 12:12-13, Ef 1:10, etc. – JND).
- “Em Cristo” – Isso indica nossa ligação com Cristo como Seus irmãos na raça da nova criação (2 Co 5:17, etc.), onde estão nossas bênçãos individuais (Ef 1:3).
A Encarnação de Cristo
V. 19 – Tendo estabelecido a glória da Pessoa de Cristo como a Imagem de Deus, o Primogênito de toda a criação, o Cabeça da Igreja e o Primogênito da nova criação, Paulo volta nossa atenção para as maiores glórias de Cristo – aquelas que têm a ver com Ele Se tornando um Homem e morrendo na cruz.
Para estabelecer estas glórias, Paulo nos leva de volta à encarnação de Cristo, quando Ele tomou a Humanidade em união com a Sua Pessoa e Se tornou um Homem (João 1:14; 1 Tm 3:16). Isso era necessário, pois para que permanecesse no lugar do Homem como Emissário do pecado deles e realizar a redenção, Ele tinha que Se tornar um homem. Como homem, “toda a plenitude da Divindade teve prazer em habitar” n’Ele (JND). As três Pessoas da Divindade estavam n’Ele em vida e em propósito (Jo 1:32, 14:10), e como resultado, cada palavra e ação d’Ele “agradou” ao Pai (Mt 3:17; Jo 8:29) e foi “justificado no Espírito” (1 Tm 3:16 – ARF). Assim, a encarnação trouxe a glória moral de Cristo à vista.
Sua encarnação trouxe Deus em proximidade com o homem. Por meio dela aqu’Ele que é infinitamente alto Se tornou intimamente próximo! (1 Jo 1:1-2) A vida e ministério de Cristo na Terra, que era “cheio de graça e verdade”, deu aos homens a oportunidade de ver Quem é Deus em caráter moral (Jo 1:14). Houve uma demonstração perfeita de graça moral entre os homens, porque Cristo glorificou a Deus em tudo o que Ele disse e fez (Jo 17:4). Enquanto caminhava neste mundo, Sua glória moral brilhou em todas as direções; era algo que não podia ser escondido.
A Cruz de Cristo
V. 20a – Paulo então prossegue com outra grande glória de Cristo em conexão com Sua morte – Sua glória redentora. Essa é uma glória que o Senhor adquiriu ao ir à cruz e glorificar a Deus em relação a toda a questão do pecado. Paulo diz que Ele fez “a paz pelo sangue da Sua cruz”. A encarnação não poderia trazer nossa união com Cristo em Seu corpo, nem poderia nos tornar parte da raça da nova criação. Como mencionado anteriormente, esses elos em que somos abençoados com Cristo não puderam ser estabelecidos até que Ele ressuscitasse dos mortos e fosse elevado ao alto. Nem a encarnação de Cristo poderia trazer o homem, que se afastou de Deus, de volta a Ele. Nenhuma quantidade de glória moral manifestada na vida perfeita de Cristo poderia trazer o homem de volta. Falando reverentemente, toda a plenitude da Divindade que habita em Cristo, por maior que fosse, não poderia realizar isso. Um trabalho mais profundo era necessário, e é isso que vemos na morte de Cristo na cruz. Ele fez a paz por meio do sangue da Sua cruz, e ali estabeleceu o fundamento para a bênção chegar ao homem e para o homem ser reconciliado a Deus (1 Pedro 3:18).
É importante entender que a obra de Cristo na cruz cuidou mais do que apenas os pecados dos crentes. Ele provou a morte por “todas as coisas” (Hb 2:9 – JND). Isso significa que Sua morte na cruz pagou o preço por cada efeito que o pecado causou na criação. Por meio de Sua obra na cruz, Ele comprou “o campo” (o mundo) e tudo o que existe nele (Mt 13:38, 44). Ele agora tem o título e o direito de tudo como sendo Sua “possessão adquirida” e Ele aguarda para redimi-la (Ef 1:14 – TB). Este aspecto da obra de Cristo na cruz de provar a morte por todas as coisas é chamado de “propiciação” (Rm 3:25; Hb 2:17; 1 Jo 2:2, 4:10). Tem a ver com a vindicação da natureza santa de Deus em relação à manifestação do pecado, oferecendo uma satisfação completa às reivindicações da justiça divina por tudo isso.
Como a “paz” foi feita pelo sangue da cruz, ninguém está sendo solicitado a “fazer as pazes com Deus” (como dizem erroneamente os homens), porque já foi feita por Cristo. Os homens não podiam fazer isso, mesmo que lhes fosse pedido que fizessem! Tendo Cristo assegurado paz para todos não significa que todos sejam justificados e tenham “paz com Deus” (Rm 5:1). Para ter isto, deve-se crer em nosso Senhor Jesus Cristo e descansar pela fé em Sua obra consumada. A paz sendo feita pelo sangue da cruz significa que o preço foi pago e a obra foi aceita, e o caminho foi aberto para Deus anunciar ao mundo: “Vinde, porque tudo já está preparado” (Lc 14:17). Assim, a obra consumada de Cristo na cruz deu a Deus uma base justa para oferecer perdão e bênção a todos os que creem no evangelho.
Reconciliação – Dois Aspectos
Vs. 20b-22 – Ao colocar diante dos santos a grandeza da obra de Cristo na cruz, Paulo é guiado pelo Espírito a se concentrar no mais amplo e mais abrangente alcance de todas as obras de Deus em graça – a reconciliação. Ele explica que o propósito de Deus em fazer a paz pelo sangue da cruz era “reconciliar todas as coisas a Si mesmo [a Ela mesma (a Divindade) – JND]”; tendo feito paz pelo sangue da Sua cruz; por Ele, digo, quer as coisas sobre a Terra, quer as nos céus. Vós, sendo outrora alienados e inimigos no vosso entendimento pelas vossas más obras, contudo agora vos reconciliou no corpo da Sua carne pela Sua morte, para vos apresentar santos e sem defeito [irrepreensíveis – ARA] e inculpáveis perante Ele [Ela]” (TB). Reconciliação tem a ver com Deus trazendo de volta a harmonia e comunhão Consigo mesmo tudo o que se afastou d’Ele por causa do pecado. Assim, a morte de Cristo é vista aqui como a que estabeleceu as bases para uma reconciliação dupla a ser efetuada – de todas as coisas na Terra e nos céus (v. 20), e de todas as pessoas que creem no evangelho (v. 21).
A Reconciliação de Todas as Coisas
V. 20b – A reconciliação de “todas as coisas” é mencionada primeiro. Tem a ver com o estabelecimento de todas as coisas corretamente em relação a Deus. Toda a criação foi arruinada pelo pecado e necessita de purificação (Jó 15:15; Hb 9:23) e redenção (Ef 1:14), e ser trazida de volta a Deus para que possa ser usada para o propósito para o qual foi criada. Embora a criação esteja definitivamente arruinada pelo pecado, ela não é culpada. Ela não entrou em seu estado decaído por um ato de sua própria vontade (Rm 8:20). No entanto, está atualmente sob o “cativeiro da corrupção” (ARA) e “geme e está juntamente com dores de parto” (Rm 8:21-22). A reconciliação das coisas criadas começará quando Cristo aparecer (At 3:20-21). Um de Seus primeiros atos será remover a escravidão da corrupção que está lançada sobre a criação. Mas o trabalho de reconciliação não estará completo até que o Estado Eterno seja alcançado, quando a última mancha do pecado for totalmente removida e tudo será estabelecido em acordo com Deus (J. N. Darby, Synopsis of the Books of the Bible, Edição de Loizeaux, On Colossians, pág. 25, Notes & Jottings, pág. 110). Toda a desordem na criação terá desaparecido, e a Terra e os céus serão completamente libertos do poder do mal e dos efeitos do pecado (1 Co 15:24-28). É então que João 1:29 será cumprido – “Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo”.
É interessante notar que quando a criação está em vista, “os céus” são mencionados antes da “Terra” (v. 16), mas quando a reconciliação está em vista, a “Terra” é colocada antes dos “céus” (v. 20). Isso mostra a ordem em que foram criados (Gn 1:1, etc.) e a ordem em que serão reconciliados. Assim, a obra de reconciliação começará com coisas na Terra, e então se ampliará para alcançar as coisas nos céus. Coisas “debaixo da terra [seres infernais – JND]”, mencionadas em Filipenses 2:10, não estão incluídas na reconciliação e, portanto, não são mencionadas aqui. Seres “infernais” são anjos caídos e homens impenitentes sob condenação em uma eternidade perdida. Eles não eram infernais quando Deus os criou, mas se tornaram assim por rebelião. Eles serão forçados a dobrar o joelho em submissão ao senhorio de Cristo, como Filipenses 2:10 indica, mas isso não é salvação, nem reconciliação. (Reconciliação não se aplica a anjos não caídos; eles não se afastaram de Deus.)
Também deve ser notado que uma interpretação mais correta indica que a obra de reconciliação não é “a Si mesmo” (como na KJV e nas em português), mas para “a Ela mesma”, pois se refere a toda a Divindade. Isso mostra que todas as três Pessoas na Divindade estarão envolvidas em trazer tudo de volta de acordo com a mente de Deus.
A Reconciliação dos Crentes
Vs. 21-22 – Como mencionado anteriormente, a reconciliação de todas as coisas é futura; ainda está para acontecer. Enquanto isso, Deus reconcilia os homens por meio do evangelho de Sua graça.
Talvez o resultado mais triste do ingresso do pecado sejam as relações alienadas que existem entre os homens e Deus. O coração e a mente do homem possuem agora pensamentos e sentimentos errados para com Deus (v. 21). Por meio do pecado, os homens em seu estado caído tornaram-se “aborrecedores de Deus” (Rm 1:30), e assim têm grande “inimizade contra Deus” (Rm 8:7). Esta passagem em Colossenses 1 mostra que a condição caída do homem é dupla: ele se tornou um alienado e um inimigo de Deus. “Estranhos [Alienados – JND]” é o que os homens são por natureza; “inimigos” é o que são pela prática. Como tal, o homem está agora longe de Deus moral e espiritualmente, não tendo qualquer relação com o seu Criador. Esse estranhamento não foi apenas com Adão que primeiro pecou, mas é verdadeiro em toda a raça sob ele (Rm 5:19a). O ódio e a inimizade para com Deus existem em todas as pessoas perdidas, em graus variados. Isso é evidente na profanidade com que os homens usam o Seu santo nome (Sl 139:20) e nas “obras más” que praticam. Essas coisas contribuíram para o afastamento do homem de Deus. Os homens têm a sensação de terem feito o que é errado, e a consciência acusadora os afasta d’Ele a Quem ofenderam.
Essa condição de inimizade está totalmente do lado do homem; é o homem que pecou e se afastou de Deus. Mesmo que o coração do homem para com Deus tenha sido corrompido, a disposição de Deus para com o homem não mudou. Ele ainda está favoravelmente disposto para com os pecadores, pois Ele é o grande Deus Imutável (Ml 3:6). Isso pode ser visto no fato de que Ele “prova o Seu amor para conosco… sendo nós ainda pecadores”. E provou o Seu amor, pois “Cristo morreu por nós” (Rm 5:8). Assim, em seu estado confuso de pensamento, o homem vê Deus como um inimigo, mas Ele, definitivamente, de fato não o é, pois Deus está buscando o bem e a bênção do homem! Uma mudança de coração é desesperadamente necessária no homem, mas não em Deus, pois Ele sempre amou o homem. Portanto, não é Deus Quem precisa ser reconciliado com o homem, mas o homem a Deus. Dizer que Deus precisa ser reconciliado nega Seu “amor eterno” para o homem (Jr 31:3; Jo 3:16).
Às vezes, quando as pessoas são despertadas para a necessidade de serem salvas, elas têm a ideia equivocada de que, uma vez que pecaram e se afastaram de Deus, precisam fazer algo para trazer o coração de Deus em direção a elas. Alguns pensam que precisam derramar lágrimas; outros pensam que precisam limpar suas vidas e se tornar religiosos. Mas, novamente, isso é entender mal o coração de Deus; Seu coração sempre foi favorável ao homem.
Assim sendo, a Escritura não apresenta reconciliação como a conhecemos hoje no sentido moderno da palavra. Isto é, em relação a duas partes que foram alienadas, aproximando-se umas das outras com algum grau de compromisso, para que as relações entre elas possam recomeçar como eram antes. Reconciliação, como encontrada na Bíblia, trata o assunto como homem sendo trazido de volta a Deus. Assim, a Escritura não diz que estamos reconciliados com Deus, o que pode implicar este compromisso, mas sim que estamos reconciliados “a” Deus (Rm 5:10; 2 Co 5:20; Ef 2:16; Cl 1:20 – todos da tradução de JND). Além disso, somos nós que recebemos “a reconciliação”, não Deus (Rm 5:11). (Mt 5:24 usa a palavra “reconciliar” no sentido de que duas partes se juntam, mas é uma palavra diferente em grego e não está relacionada com as bênçãos do evangelho que estamos considerando.)
Deus em graça superou a alienação e a inimizade do homem ao cuidar da questão do pecado na morte de Cristo, e então envia Seus servos para anunciar que Ele ama o homem e que providenciou um caminho para que ele seja trazido de volta em paz. Assim, a mensagem do evangelho que os servos de Deus levam ao mundo é: “Reconcilieis a Deus” (2 Co 5:20 – JND). Isto não significa que todas as pessoas no mundo estejam agora reconciliadas, ou que todas serão reconciliadas, mas que uma provisão foi feita para alcançar e restaurar todas as pessoas, se elas vierem a Cristo.
Existem quatro lugares principais no Novo Testamento, onde a reconciliação de pessoas é considerada – cada um retrata o assunto em um aspecto diferente:
- Colossenses 1:19-22 – para o prazer da Divindade.
- Romanos 5:1-11 – para o conforto e gozo do crente em Deus.
- Efésios 2:11-16 – para efetuar a união entre os membros do corpo de Cristo.
- 2 Coríntios 5:19-21 – como um testemunho para o mundo.
Como mencionado acima, Colossenses 1:22 apresenta a reconciliação sob a perspectiva de Deus, enfatizando o que ela realiza para o prazer de Deus. Assim, é o aspecto mais elevado da reconciliação. Ser perdoado nos satisfaria, mas não satisfaria a Deus. A parábola em Lucas 15 ilustra esse grande fato. O pai não estava satisfeito em dar ao pródigo os beijos do perdão – ele o vestiria com o melhor vestido, com um anel no dedo e com os sapatos nos pés, de modo que seus olhos pudessem repousar sobre o filho com complacência. (Lc 15:20-23) Assim, vemos a partir disso que Deus trabalha para efetuar a reconciliação a fim de que possamos ser “santos, e irrepreensíveis, e inculpáveis”, “perante Ele [Ela (a Divindade) – JND] – e isso para que Ele possa encontrar Seu prazer em nós. A reconciliação vai além do perdão dos pecados e da justificação, para trazer o crente para “perto” de Deus em paz (Ef 2:13). W. Kelly disse: “Reconciliação, portanto, é um termo de significado rico, e vai muito além do arrependimento ou fé, vivificação ou justificação” (Notes on the Second Epistle to the Corinthians, pág. 114). Assim, a encarnação trouxe Deus ao homem e a reconciliação leva os homens (crentes) a Deus.
A principal diferença entre a reconciliação das coisas e das pessoas é que a reconciliação das coisas é universal; enquanto que a reconciliação de pessoas não é. Nem todos os filhos do Adão caído obtêm essa grande bênção; são somente aqueles que creem no evangelho e recebem a Cristo como seu Salvador. Outra diferença é que Deus reconcilia as coisas Consigo mesmo pelo exercício do julgamento, mas Ele reconcilia os homens pelo poder do Seu amor e graça trabalhando em seus corações para dissipar seu ódio e inimizade. Ele pega aqueles que são alienados e inimigos por causa do pecado, e os converte e reconcilia e os transforma em filhos, e eles “se gloriam [têm gozo – KJV] em Deus” (Rm 5:11) e Ele tem o Seu prazer neles!
Pai, Teu soberano amor procurou
Cativos ao pecado, distanciados de ti;
A obra que o Teu próprio Filho consumou
Nos trouxe de volta em paz e liberdade.
E agora como filhos diante da Tua face,
Com passos gozosos, na senda que trilhamos
Que nos leva aquele lugar abençoado
Preparado para nós por Cristo nossa Cabeça.
The Little Flock nº 331
