Origem: Livro: Breves Meditações sobre os Salmos
Salmo 25
Esta é uma declaração como a que a alma de Davi poderia ter tido do outro lado do Jordão; pois lá ele estava sofrendo sob a mão de Deus pelo pecado, mas, em relação aos seus perseguidores, ele era irrepreensível. Um exercício variado de coração surgiria de tal condição. Ele às vezes se lembrava de seus pecados e desejava conhecer cada vez mais o próprio caminho da graça de Deus; às vezes, por outro lado, Davi invocava com a confiança da integridade. E essa é a sua maneira variada neste comovente Salmo – onde, embora o suplicante esteja consciente da integridade, como diante dos homens em seus sofrimentos, ainda assim sua condição e culpa, como pecador diante de Deus, são inevitavelmente trazidas à mente; e como uma alma assim vivificada para o senso do pecado, ele deseja conhecer o próprio caminho de Deus em graça ou misericórdia. E é apenas o pecador que totalmente aprende o caminho de Deus. É um mistério para todos os outros estudiosos. E como Israel agora, por causa da transgressão, O conhece como um “fogo consumidor”, assim nos últimos dias, com seu coração quebrantado e em arrependimento, eles O conhecerão como um “Deus misericordioso” (veja Deuteronômio 4:24-31).
Podemos presumir que será o suspiro dos santos Judeus em breve. No Salmo, o versículo 22 realmente mostra que Israel é o que suplica aqui.
Os versículos 8-10 e 12-14 podem ser lidos como duas interrupções ao clamor do suplicante pela voz ou oráculo de Deus confortando-o. E não posso passar sem perceber que “o segredo” e “o concerto” do Senhor (v. 14) são o mesmo e significam o evangelho ou a graça de Deus em Cristo Jesus. Pois tal é o concerto de Deus e o segredo de Deus. Um dos nomes de Cristo é “Maravilhoso [ou Secreto – KJV]”, como sabemos (Jz 13:18; Is 9:6; veja também Deuteronômio 29:29).
