Origem: Livro: Breves Meditações sobre os Salmos
Salmo 57
O espírito deste Salmo é muito parecido com o do anterior, e é outra expressão, sem dúvida, dos mesmos sofredores, na mesma ocasião.
Há antecipações mais completas e brilhantes de libertação aqui; e há, como depois no Salmo 144, expectativa dessa libertação por alguma missão ou ministério “do alto”, ou do céu. A cena em Apocalipse 19 é a resposta a essa expectativa: ali os céus se abrem para deixar descer o Libertador aqui desejado e esperado.
Como esta coleção de Salmos, contemplando fortemente, como já foi dito, o rei voluntarioso ou apóstata dos últimos dias, apresenta as aflições do povo de Deus neste mundo! Na verdade, toda a Escritura o faz – “pois que por muitas tribulações nos importa entrar no Reino de Deus”. Como o Cristo ou os santos de Deus poderiam contar com a resistência e o martírio em um mundo que sempre permanece em total inimizade contra Ele? “Para que ninguém seja abalado por estas tribulações; porque vós mesmo sabeis que para isto fomos destinados” (AIBB). – “como condenados à morte”. Mas o que resta é o descanso. E assim este Salmo antecipa abençoadamente a exaltação de Deus, e os louvores e cânticos de Seu povo, quando o inimigo tiver ido para sempre – quando a divina “misericórdia e verdade” e a missão “do alto” cumprirem a libertação. O santo prepara seu instrumento para um cântico de agradecimento ao Senhor – como Davi preparou música para os dias de Salomão (1 Crônicas 25).
