Origem: Livro: Breves Meditações sobre os Salmos
Salmo 84
Este Salmo foi uma adequada expressão de Davi quando separado da casa de Deus (2 Sm 15). Esse pode ser o desejo de qualquer santo que, por meio do Espírito, tem sede do céu. E será a expressão do paciente Remanescente que espera.
Na consideração dessa alma há três ordens de bênçãos. Primeira, onde há permanência constante na casa de Deus; para eles, a ocupação é com o louvor contínuo. Segunda, onde há deslocamento até aquela Casa, com ocasionais refrigérios de espírito. Terceira, onde há confiança em Deus, mesmo distante daquela Casa, e sem a presente perspectiva dela (vs. 4-5, 12).
Observe que, para Jesus, toda a Terra estava distante dos tabernáculos de Deus – uma terra seca e cansada (Sl 63). Sua alma estava sedenta em todos os lugares, exceto quando Ele encontrou a fé de uma pobre pecadora. Então, Ele teve comida para comer e água para beber mesmo estando aqui. Mas a presença de Deus era tudo para Ele. E restaurar essa presença a esta Terra apóstata era, em certo sentido, o propósito de Sua visitação a ela. O início e o término de Seu ministério expressaram isso. Pois Ele então purificou o templo (Jo 2; Mt 21) – uma ação que indicava que Ele estava livrando esta Terra da contaminação, para que pudesse voltar a ser a habitação e o louvor de Deus.
O santo parece meditar com deleite divino sobre o pensamento do pardal e da andorinha (representando como se fossem todas as Suas criaturas) encontrando seu descanso no santuário de Deus. Pois assim será no reino vindouro. A criação, que agora geme, será então libertada à liberdade e glória.
O espírito deste precioso Salmo é muito abrangente. Todos os santos, com Jesus como seu Líder, podem respirar essa linguagem. Ele abrange o coração de todo o povo de Deus. Bem pode ser, como tem sido, o companheiro apreciado das meditações de nossa alma em todos os momentos. Quão feliz será quando chegarmos juntos àquela casa onde o louvor ainda ou para sempre será ouvido!
