Origem: Revista O Cristão – A Administração do Dinheiro
Balaão
Há algo particularmente terrível no caso de Balaão. Ele evidentemente amava o dinheiro – um amor nada incomum em nossos dias. O ouro e a prata de Balaque provaram ser uma isca muito tentadora para o miserável homem – uma isca tentadora demais para resistir. Satanás conhecia seu homem e o preço pelo qual ele poderia ser comprado.
Seu coração estava errado
Se o coração de Balaão estivesse correto para com Deus, ele teria respondido rapidamente a mensagem de Balaque; de fato, não lhe teria custado nem um momento de consideração para enviar uma resposta. Mas o coração de Balaão estava todo errado, e nós o vemos na condição melancólica de alguém movido por sentimentos conflitantes; seu coração estava inclinado a ir, porque estava inclinado para a prata e o ouro. Mas, ao mesmo tempo, havia uma espécie de alusão a Deus – uma aparência de religiosidade colocada como uma capa para cobrir suas práticas avarentas. Ele ansiava pelo dinheiro, mas queria se apossar dele de uma maneira religiosamente respeitosa. Miserável homem! Seu nome está nas páginas da inspiração como a expressão de um estágio muito sombrio e terrível da história decadente do homem. “Ai deles”, diz Judas, “Porque entraram pelo caminho de Caim, e foram levados pelo engano do prêmio de Balaão, e pereceram na contradição de Corá”.
Pedro também apresenta Balaão como uma figura proeminente em um dos quadros mais sombrios da humanidade caída – um modelo segundo o qual alguns dos caráteres mais vis são formados. Ele fala daqueles que “tendo os olhos cheios de adultério e não cessando de pecar, engodando as almas inconstantes, tendo o coração exercitado na avareza, filhos de maldição; os quais, deixando o caminho direito, erraram seguindo o caminho de Balaão, filho de Beor, que amou o prêmio da injustiça. Mas teve a repreensão da sua transgressão; o mudo jumento, falando com voz humana, impediu a loucura do profeta” (2 Pe 2:14-16).
O prêmio da injustiça
Essas passagens são solenemente conclusivas quanto ao verdadeiro caráter e espírito de Balaão. Seu coração estava voltado para o dinheiro – ele “amou o prêmio da injustiça” –, e sua história foi escrita pela caneta do Espírito Santo como um aviso solene a todos para que tomem cuidado com a avareza, que é idolatria. Não nos aprofundaremos mais na triste história. Faça uma pausa por alguns momentos e observe a cena apresentada em Números 22 das duas figuras proeminentes – o rei astuto e o profeta cobiçoso e obstinado. Não temos dúvida de que ela dará um senso mais profundo do mal da cobiça, do grande perigo moral de colocar as afeições do coração nas riquezas deste mundo e da profunda bem-aventurança de ter o temor de Deus diante de nossos olhos.
