Origem: Revista O Cristão – Adoração
Unguento de Maria
Em João 12:1-3, lemos sobre uma mulher que veio para ungir o Senhor Jesus. Ela não veio ouvir um sermão, embora o Maior dos mestres estivesse lá, nem veio assentar-se aos pés d’Ele para ouvir Sua palavra (Lc 10:39). Ela não veio Lhe fazer pedidos, embora houvesse um tempo em que, em profunda submissão à Sua vontade, caíra aos pés d’Ele, dizendo: “Senhor, se Tu estivesses aqui, meu irmão não teria morrido” (Jo 11:32). Tampouco veio derramar suas súplicas a Ele, pois seu irmão estava assentado à mesa. Ela não veio se encontrar com os santos, apesar de existirem santos ali preciosos, porque “Jesus amava a Marta… e a Lázaro”. A amizade com eles era abençoada e de ocorrência frequente, mas esse não era o objetivo dela agora. Ela não veio depois do cansaço de uma semana lutando com o mundo para ser reconfortada por Ele, embora, como todo santo, ela tivesse aprendido as provações do deserto e conhecia as fontes abençoadas de refrigério n’Ele.
Mas no momento em que o mundo estava expressando seu ódio mais profundo por Ele, ela veio para derramar aquilo que havia entesourado, a coisa mais valiosa que ela tinha na Terra, sobre a Pessoa d’Aquele cujo amor cativou seu coração e absorveu suas afeições. “Só Jesus” encheu sua alma; seu coração batia fiel a ele, e ela “ungiu os pés de Jesus, e enxugou-Lhe os pés com os seus cabelos”. Adoração, homenagem, devoção e bendição eram o propósito dela, em honra Àquele que era tudo para ela. Certamente tal adoração O reconfortou! O não-espiritual pode murmurar, mas Ele defendeu sua causa e apreciou o grato tributo de um coração que conhecia o valor e preciosidade d’Ele. Assim, um registro duradouro é preservado do que realmente é a adoração! Se todos os olhos estivessem apenas no Senhor, todo coração fiel a Ele, cada um determinado a não ver ninguém mais senão apenas a Jesus, que louvor completo haveria! Não com vasos de alabastro agora, mas nosso corpo cheio do Espírito Santo, uma corrente de ação de graças e adoração mais elevada ascenderia em honra do Bendito que agora adorna a glória, como Ele uma vez adornou a Terra. Também é nosso privilégio, portanto, adorá-Lo em Espírito e em verdade.
