Origem: Revista O Cristão – Aves

Alimentos e Aves Impuras

Em Levítico 11:13-19, temos uma descrição das várias aves que os israelitas não tinham permissão para comer. Há lições espirituais para nós, como Cristãos, nessas aves e em seu caráter.

“E, das aves, estas abominareis; não se comerão, serão abominação: a águia, e o quebrantosso, e o xofrango, e o milhano, e o abutre segundo a sua espécie, todo corvo segundo a sua espécie, e o avestruz, e o mocho, e o cuco, e o gavião segundo a sua espécie, e o bufo, e o corvo-marinho, e a coruja e a gralha, e o cisne, e o pelicano, e a cegonha, e a garça segundo a sua espécie, e a poupa, e o morcego” (Lv 11:13-19).

Obviamente, a tradução desses nomes é aproximada, e alguns dos nomes não ocorrem em nenhum outro lugar. Tampouco há qualquer intenção em terminologia científica, mas uma orientação prática para o povo de Jeová, com uma aplicação moral agora para a fé.

Qualidades detestáveis a Deus 

Muitas aves do céu são caracterizadas por qualidades detestáveis a Deus para aqueles que Ele leva para relacionamento com Ele; outras são impróprias para servir de alimento para a humanidade. O que pode ser mais contrário ao caráter d’Ele do que a ferocidade das aves de rapina para com os vivos e a avidez insaciável dos abutres para com os mortos?

A utilidade destes últimos como necrófagos, na real condição de um mundo caído, pode ser de grande valor na remoção de carcaças mortas. No entanto, se o israelita estava proibido de fazer de tais aves sua comida, o Cristão não deve ter comunhão com maneiras moralmente semelhantes, mas evitá-las e reprová-las. Se algumas dessas aves buscam ousadamente suas presas durante o dia, outras encontram suas agradáveis perseguições na escuridão da noite. Existem aves tão notáveis pela falta de afeto familiar quanto outras são pelo cuidado amoroso. Mas, no homem, que valor até mesmo isto tem se não há temor de Deus? Algumas aves são de um orgulho elevado, outras, de um repugnante desejo pelo impuro; algumas são conhecidas como de aparência simples, outras, de beleza atraente; algumas têm hábitos calmos e bondade natural, enquanto outras são turbulentas, difíceis ou ofensivas. Mas todas simbolizam traços com os quais devemos evitar qualquer comunhão. Cristo deve ser nosso alimento.

Santificação da impureza 

“Sede unânimes entre vós; não ambicioneis coisas altas, mas acomodai-vos às humildes; não sejais sábios em vós mesmos. A ninguém torneis mal por mal; procurai as coisas honestas perante todos os homens. Se for possível, quanto estiver em vós, tende paz com todos os homens. Não vos vingueis a vós mesmos, amados, mas dai lugar à ira, porque está escrito: Minha é a vingança; Eu recompensarei, diz o Senhor” (Rm 12:16-19).

“Tais fostes alguns de vós; mas vós vos lavastes, mas fostes santificados, mas fostes justificados em o nome do Senhor Jesus Cristo e no Espírito do nosso Deus” (1 Cor 6:11).

“Aquele que furtava não furte mais; antes, trabalhe, fazendo com as mãos o que é bom, para que tenha o que repartir com o que tiver necessidade. Não saia da vossa boca nenhuma palavra torpe, mas só a que for boa para promover edificação, para que dê graça aos que a ouvem. E não entristeçais o Espírito Santo de Deus, no qual estais selados para o Dia da redenção. Toda amargura, e ira, e cólera, e gritaria, e blasfêmias, e toda malícia seja tirada de entre vós. Antes, sede uns para com os outros benignos, misericordiosos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus vos perdoou em Cristo” (Ef 4:28-32).

“Sede, pois, imitadores de Deus, como filhos amados; e andai em amor, como também Cristo vos amou e se entregou a si mesmo por nós, em oferta e sacrifício a Deus, em cheiro suave. Mas a prostituição e toda impureza ou avareza nem ainda se nomeiem entre vós, como convém a santos; nem torpezas, nem parvoíces, nem chocarrices, que não convêm; mas, antes, ações de graças […] Portanto, não sejais seus companheiros” (Ef 5:1-4,7).

Mas para que citar mais, quando a Escritura fala extensivamente linguagem semelhante? Tendo Cristo como nossa vida, somos ensinados a nos alimentar desse pão celestial, pois Sua carne é verdadeira comida e Seu sangue é verdadeira bebida. Essa é a comunhão que sustenta o Cristão. O que é do primeiro homem é comida pobre, totalmente imprópria e prejudicial ao novo homem.

W. Kelly (adaptado)

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