Origem: Revista O Cristão – Anjos
O Anjo da Igreja
O significado dessa expressão em Apocalipse 2-3 deve ser obtido do uso do simbolismo da estrela na Escritura e não deve ser confundido com os seres angelicais celestiais. Como pode ser visto em Apocalipse 12:1-4, uma estrela (ou estrelas) significa autoridade subordinada; lemos expressamente no Salmo 136:9, “A Lua e as estrelas para presidirem à noite”. Comparando essa passagem com Gênesis 1:16, é evidente que o Sol apresenta autoridade suprema, a autoridade derivada da Lua e a autoridade subordinada das estrelas. Agora “as potestades que há foram ordenadas por Deus” (Rm 13:1), e isso é verdade para a Igreja, como para os reinos do mundo; por isso é que Cristo tinha as sete estrelas em Sua mão direita. Os anjos das Igrejas, simbolizados pelas estrelas, significam aqueles que Deus colocou na Igreja para dar luz e para governar, e, como tal, são Seus representantes. É por essa razão que o Senhor os considera responsáveis pelo estado da assembleia, que Ele Se dirige a eles nessas cartas e que Ele lhes dá repreensão ou elogio de acordo com sua condição. Às vezes, um remanescente fiel é distinguido do anjo, como em Tiatira; às vezes, como em Esmirna, onde não havia nada a repreender, o anjo e os santos podem ser abordados de forma intercambiável. Mas é o anjo quem é considerado responsável, e é esta a razão: são aqueles que dão luz (ensinam) e aqueles que governam que formam o estado da assembleia. São estes que são representados pelo anjo. No entanto, não se deve esquecer que a própria assembleia também é responsável e que todos os que a compõem são responsáveis pelo estado espiritual da assembleia. Três considerações explicarão isso. No versículo 5, embora o anjo de Éfeso seja abordado, o termo “teu castiçal” é usado, quando manifestamente é o castiçal da assembleia; segundo, a proclamação é feita no versículo 7: “Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas”; terceiro, há a promessa ao vencedor individual. Por esses motivos, não hesitamos em nossas observações para falar da condição e responsabilidade da assembleia, bem como da do anjo. O mesmo se encontra na história do reino de Israel. Deus considerou os reis responsáveis pelo estado do povo, mas, como mostram os profetas, Ele não absolveu o povo da culpa. Ainda os reis, como os anjos, eram aqueles que foram colocados em responsabilidade como representantes de Deus.
