Origem: Revista O Cristão – Batalha Espiritual

A Armadura da Oração

Como vimos que a Palavra de Deus é a espada do Espírito, assim também vemos que importância o Senhor atribui à oração! Há dois tipos de oração: aquela que é a expressão de nossas necessidades, e aquela que é feita na energia do Espírito, e que é, portanto, infalivelmente respondida. Seja para manejar a espada do Espírito, seja para orar, a vida Cristã já deve existir, pois, para poder orar pelos outros, a nossa própria vida deve estar com Deus. Entre os Cristãos há muita pouca intercessão, porque eles vêm a uma reunião de oração depois de levar uma vida desvanecida, absorvida pelas coisas presentes. A consequência é que suas orações revelam a fraqueza do indivíduo, e não a obra do Espírito para o bem da Igreja. Muitas vezes, a oração é uma confirmação quanto a nossos próprios fracassos. Se estivéssemos atentos a essas coisas em nossa caminhada diária, nossas orações seriam intercessões, em vez de súplicas a cada dia por nossas próprias falhas. O que devemos desejar é que nossas orações individuais sejam tais que nos permitam orar por todos os santos; sem isso elas nunca terão essa poderosa energia do Espírito. Satanás encontrará alguns meios para derrotar os Cristãos. Como isso torna recomendável que haja alguns que sejam capazes de trazer a ajuda de Deus! Quanto mais somos fiéis quanto à nossa posição neste mundo, mais seremos expostos às emboscadas do inimigo, e se não nos mantivermos assim perto de Deus, o inimigo encontrará alguma maneira de causar estragos.

Os Cristãos mais fiéis e maduros sentem sua dependência de Deus e de todos os santos. O dom apostólico de Paulo dependia, em certo sentido, das orações dos santos: Deus pretendia que assim fosse, a fim de que a Igreja pudesse ser unida em suas afeições (2 Co 1:11 – ARA). O apóstolo estava em uma posição de destaque, e talvez ele tenha recebido o poder pelas orações de alguém, como uma pobre mulher acamada, mas todos os frutos ocultos serão vistos no último dia. É uma coisa encorajadora ver que Deus honra os membros ocultos que são os menos honrados aos olhos da carne. Esse pensamento nos encoraja a caminhar humildemente em nossa posição. Frequentemente há pessoas que não vemos, que são o meio de bênção para aqueles que estão em uma posição muito proeminente. Devemos pensar no louvor que Deus dá, e não no dos homens. A única coisa em nosso serviço é glorificar a Deus. Se o meu coração, que ninguém vê, não bater, não posso correr. Há indivíduos que são verdadeiramente o coração da Igreja; muitas vezes não são as coisas que são vistas que são as mais preciosas aos olhos de Deus.

J. N. Darby

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