Origem: Revista O Cristão – O Amor de Cristo nos Constrange
A Avaliação do Homem e do Cristão sobre o Amor
O mundo julga que os homens estão vivendo em amor quando andam moralmente, cumprem seus deveres, evitam dívidas, frequentam sua igreja, leem um pouco as Escrituras e fazem suas orações a noite e pela manhã. É tido como falta de amor duvidar de que eles realmente sejam Cristãos, ainda mais se estivermos preocupados com eles como culpados e perdidos aos olhos de Deus.
Quão diferente é a avaliação do amor Cristão como afirmado nestes versículos! “Porque o amor de Cristo nos constrange, julgando nós assim: que, se um morreu por todos, logo, todos morreram. E Ele morreu por todos, para que os que vivem não vivam mais para si, mas para Aquele que por eles morreu e ressuscitou” (2 Co 5:14-15).
Amor Cristão
O amor Cristão não é a mera expressão de um sentimento humano e de circunstâncias superficiais. Ele se baseia na verdade de Deus e, para chegar a essa verdade, introduz e aplica o caso de Cristo e Sua morte. Lá foi provado que o homem é inimigo de Deus, pois Ele enviou Seu Filho unigênito ao mundo para que pudéssemos viver por meio d’Ele. Mas o homem não permitiria a ideia de que estava moralmente morto – morto em ofensas e pecados, tanto o judeu quanto o gentio. O judeu havia sido avisado sobre isso de maneira mais clara e direta do que o gentio nas Escrituras do Velho Testamento. Mas para a maioria foi em vão. “E não quereis vir a Mim para terdes vida”, disse o bendito Salvador, entristecido pela incredulidade deles. E os gentios se juntaram aos judeus no pior que podiam fazer a Alguém que pôde e deu a vida eterna a todos aqueles que olham para Ele com este objetivo. Raramente os judeus e gentios se uniram, mas se uniram para matar o Senhor da glória. Aquele que Se esvaziou da sua própria honra e divindade, e Se humilhou como homem até a morte e morte da cruz.
O bem e o mal se encontraram na cruz
Assim Ele provou o Seu amor, ao mesmo tempo que eles mostraram o seu ódio, ao máximo, pois somente assim o pecado poderia ser divinamente julgado, Deus vindicado e o pecador limpo. O bem e o mal se encontraram na cruz. A bondade infinita proveu o Cordeiro para o sacrifício. O ódio sem causa rejeitou e negou Aquele que fazia o bem e curava a todos os que estavam sob o poder do diabo, porque Deus estava com Ele. Satanás instigou a todos, mas para sua própria destruição na questão final. Deus fez do Justo, pecado por nós – aqueles que não tinham nada além de pecado – e O abandonou para nunca abandonar a nós que cremos em Cristo e temos n’Ele a vida que nunca pode acabar. “Pelo que também Deus o exaltou soberanamente e Lhe deu um nome que é sobre todo o nome, para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho dos que estão nos céus, e na Terra, e debaixo da Terra, e toda língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para glória de Deus Pai” (Fp 2:9-11).
Este glorioso propósito de Deus será cumprido em Seu dia. Mas qual é o resultado atual para aqueles que creem agora? É o contraste com todos aqueles que estão mortos, embora Cristo tenha morrido por todos. O objetivo atual de Deus é que os que vivem não vivam mais para si mesmos, mas para Aquele que morreu por eles e foi ressuscitado, pois o Deus que O enviou em amor fez Sua parte para elevá-Lo e dar-Lhe glória, para que nossa fé e esperança estejam em Deus. E Sua alegria não está em apenas glorificar Aquele que suportou essa morte, mas também justificar aqueles que de outra forma se perderiam para sempre. Agora, não somos apenas escravos perdoados e com uma salvação divina, mas vivemos para Aquele que morreu por nós e foi ressuscitado.
Nós estávamos mortos – Agora vivemos
A verdadeira avaliação do amor é que todos estavam mortos. Mas Um morreu por todos. Isso sozinho não resolve o caso desesperado, a menos que acreditemos n’Ele. Então viveremos n’Ele, em vez de estarmos apenas mortos em Adão e em nós mesmos. Quando percebemos que alguns agora vivem n’Ele como crentes, constrangidos pelo Seu amor e tendo a Sua vida, entendemos o nosso novo privilégio e dever de viver não para nós mesmos, mas para Aquele cuja morte e ressurreição nos trouxeram para uma nova relação de bem-aventurança.
É uma ideia insignificante do Cristianismo, considerá-lo como mero perdão e talvez apenas uma medida parcial, com a necessidade de mais algum perdão no dia a dia. Aqui, em 2 Coríntios 5, fala do constrangedor amor de Cristo e a bênção positiva da vida ressurreta n’Ele. Assim, não julgamos com base em alguma esperança vaga, erroneamente chamada de “caridade”, mas na fé em Sua morte para nos livrar do mal, para que possamos viver para Ele e não para nós mesmos (2 Co 5).
Bible Treasury (adaptado)