Origem: Revista O Cristão – Nascentes, Fontes e Rios

Brota, ó Poço!

“Brota, ó poço! Cantai dele: Tu, poço, que cavaram os príncipes, que escavaram os nobres do povo, e o legislador com os seus bordões” (Nm 21:17-18).

A jornada dos filhos de Israel estava quase no fim, o deserto quase havia passado, e a necessidade da rocha havia desaparecido. E bem nas fronteiras da terra descobrimos que a Israel foram dados “poços brotando” e um cântico. Eles haviam entrado no deserto com um cântico – O Senhor “gloriosamente triunfou” –, mas seus ecos logo desapareceram em meio aos murmúrios e provocações da jornada. No final, eles têm outro cântico, enquanto os príncipes e nobres cavavam com seus bordões (ou cajados) – a confissão de sua peregrinação. Sim, é outro cântico – um cântico de peregrino, não em voz alta, com tamborim e dança, não das grandes coisas feitas no Mar Vermelho, mas um refrão mais humilde: “Brota, ó poço! Cantai dele”.

Ah! Deus também tem uma história das nossas campanhas no deserto. Ele registrou todas as vitórias que Seus santos alcançaram sobre o pecado e Satanás; cada luta e lágrima em segredo, desconhecidas de todos, exceto Deus; provas de fé e paciência, e tudo se achará em louvor, honra e glória na Aparição de Cristo. Todas as vitórias dos santos de Deus são exibidas em Suas crônicas, e em maravilhosa graça Ele lhes dá crédito por aquilo que Seu poder sustentador realizou. “O que fiznos ribeiros de Arnom”“Nenhuma cidade houve que de nós escapasse; tudo isto o SENHOR nosso Deus nos entregou” (Nm 21:14; Dt 2:36).

Enquanto isso, temos o poço brotando, e o “cântico”, apesar dos gemidos, lágrimas, tristeza e fracasso, ainda é nosso para cantar, à medida que nos aproximamos do fim da jornada. A emoção e a exultação do primeiro cântico podem ter passado, assim como a flor da árvore, mas os preciosos frutos do Espírito – amor, gozo, paz – permanecem para amadurecer à luz do sol de Seu amor e presença.

“Se alguém tem sede, venha a Mim e beba…” e “a água que Eu lhe der será nele uma fonte de água a jorrar para a vida eterna” (Jo 7:37; 4:14).

J. B. M.

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