Origem: Revista O Cristão – Eliseu
Os Cinquenta Profetas
Após Eliseu ter ferido as águas do Jordão com a capa de Elias, em demonstração de poder, ele foi confrontado imediatamente com a incredulidade dos filhos dos profetas, que questionaram se Elias havia realmente sido levado para o céu. Eles sugeriram que ele poderia ter sido lançado em algum monte ou vale. Havia cinquenta deles, o mesmo número daqueles que haviam contado a Eliseu sobre esse evento anteriormente. Cinquenta é o número da presente dispensação – Pentecostes. Aprendemos, pelo comportamento deles, que o conhecimento da verdade não é suficiente; devemos crer e andar de acordo com ela. Eliseu não precisava de nenhuma equipe de busca para convencê-lo aonde Elias havia ido. Vemos um paralelo com isso no livro de Atos; Estevão, o primeiro mártir Cristão, creu no registro de Deus e viu Jesus no céu.
Os cinquenta profetas (valentes) não creram no relato de Eliseu e insistiram em fazer uma busca por Elias. Eles disseram: “pode ser que o elevasse o Espírito do SENHOR e o lançasse em algum dos montes, ou em algum dos vales” (2 Rs 2:16). Eles são como aqueles hoje em dia que veem Jesus apenas como um Homem na terra. O Cristianismo é sobre um Homem no céu. “Vemos, porém, coroado de glória e de honra Aquele Jesus que fora feito um pouco menor do que os anjos, por causa da paixão da morte” (Hb 2:9).
Eliseu ficou em Jericó, a cidade que havia sido reconstruída apesar de ser amaldiçoada. Ele começou a ministrar onde homens foram encontrados sob a maldição. Jericó representa este mundo, que o homem reconstruiria sob uma maldição, em vez de procurar uma cidade celestial, como Abraão fez. A cura das águas em Jericó é um exemplo do resultado de um novo nascimento; ele capacita ao crente manter uma vida santificada neste mundo, apesar da maldição do pecado. O remédio era colocar sal em um novo recipiente e jogá-lo na água. O novo recipiente é uma figura da nova natureza. Sal é o que preserva e dá sabor. Esses pensamentos combinados nos lembram que o sal é o “poder separador da santidade” moral. A nova vida no crente dá a capacidade de beber dos poços da natureza, em santidade, sem ser degradado na aridez da mera satisfação própria. Os homens invertem essa ordem, buscando a vida nas coisas da natureza, mas sem distinguir o caráter caído da criação e sua incapacidade de satisfazer a vasta necessidade no coração do homem.