Origem: Revista O Cristão – Devoção

Devoção

“Rogo-vos, pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis o vosso corpo em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional” (Rm 12:1).

A verdadeira devoção Cristã flui evidentemente da devota consideração das misericórdias ou compaixões de Deus para com o pobre e enjeitado pecador. O apóstolo apela ao coração dos irmãos como aqueles que felizmente conheciam as riquezas da misericórdia divina para com almas perdidas e arruinadas. O efeito de meditar sobre esse aspecto do caráter de Deus é a transformação à Sua imagem e a devoção à Sua glória, como nosso culto santo, agradável e racional. Bendito e precioso privilégio! E essa santa imitação do caráter divino, importa observar, não é o resultado de nossos próprios esforços, mas flui naturalmente da bendita verdade de que somos feitos participantes da natureza divina, conforme ensinado mais plenamente pelo apóstolo em outro lugar. “Sede, pois, imitadores de Deus, como filhos amados; e andai em amor, como também Cristo vos amou e Se entregou a Si mesmo por nós, em oferta e sacrifício a Deus, em cheiro suave”.

Aqui, faça uma pausa por um momento e medite profundamente; o assunto é vasto e muito prático. Falando em devoção, santidade, consagração, qual é o seu padrão? São suas próprias possíveis conquistas por meio de incansáveis vigílias, jejuns, diligências ou o quê? O “eu”, de mil maneiras, pode ser aquilo que governa você, mas errado em todas elas. Será que Deus poderia apresentar a Seus filhos um objeto inferior ou menor do que Ele mesmo, como moralmente demonstrado na Pessoa e obra de Seu Filho amado? Impossível! “Desonraria a Ele mesmo e a graça que Ele nos mostrou, e seria a perda mais grave para Seus amados filhos, a quem Ele quer/deseja exercitar e abençoar ainda mais e mais, mesmo neste cenário de maldade e dor, transformando as circunstâncias mais adversas em uma ocasião de nos ensinar o que Ele é nas profundezas de Sua graça e nos enchendo com o senso dela, de modo a formar nosso coração e moldar nossos caminhos… Nem a lei nem mesmo a promessa jamais abriram um campo como esse. O próprio chamado para imitar a Deus pressupõe a graça perfeita na qual estamos; na verdade, seria insuportável se fosse diferente” (W. Kelly).

A. Miller

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