Origem: Revista O Cristão – Direção para um Dia de Ruína
A Verdade Restaurada e Nossa Responsabilidade
A fraqueza de que você fala é, acredito, algo muito generalizado; pelo menos é assim neste país. E, ao visitar os locais de reunião, descobrimos que nosso trabalho consiste em grande parte em “fortalecer as coisas que restam” (JND). A situação agora é muito diferente do que era quando vim, pela primeira vez entre aqueles reunidos ao nome do Senhor. Deus levantou um testemunho especial no início e no meio do século, e operou dentro e por meio de vasos que havia preparado especialmente para a obra, mantendo-os em contato Consigo mesmo e abrindo-lhes, nas Escrituras, pelo Espírito, uma vasta gama de verdade preciosa que há muito se perdeu praticamente. E Ele fez isso de tal maneira a trazer diante de toda a Igreja essa preciosa verdade. Nisso, o Espírito de Deus operou poderosamente para restaurar para nós aquilo de que estávamos há tanto tempo privados.
Este trabalho foi feito; a verdade foi claramente colocada diante do povo de Deus, e muitos a receberam. Esse testemunho, como me parece, foi concluído. Não é mais uma questão de um trabalho poderoso colocar o povo de Deus na possessão daquilo que eles perderam, mas uma questão de manter firme o que temos. O perigo especial é deixar escapar, e sabemos que temos um inimigo sempre vigilante, que nunca se cansa em seus esforços para roubar o povo de Deus e desonrar a Cristo, de modo que precisamos ser especialmente vigilantes nesse ponto.
Nossa responsabilidade
Obviamente, nossa responsabilidade é prosseguir com a verdade, testemunhando dela conforme temos oportunidade, e nesse sentido o testemunho ainda continua, mas isso é algo muito diferente do testemunho especial de Deus que nos coloca na possessão da verdade, para que possamos segurá-la com firmeza e viver no poder dela. Agora que Deus operou e colocou a verdade em nossas mãos, há uma responsabilidade especial de retê-la firmemente e fazer um uso correto dela, e é aqui que vemos o fracasso se manifestar. Nós não valorizamos a verdade de acordo com seu valor real e, portanto, não caminhamos nela como deveríamos. O resultado é o declínio na alma de um e de outro, e o declínio geral se instala, e as massas seguem a corrente. É isso que dificulta as coisas no momento presente. Ataques são feitos contra a verdade, e as almas não estão em um estado para resistir a elas com energia, e assim o inimigo ganha terreno, e as almas se tornam impotentes, exceto quando Deus intervém em misericórdia soberana para libertá-las.
Ah, quanto precisamos buscar a face de Deus em um dia como esse! Graças a Deus, o conflito logo terminará. O Senhor está vindo em breve e, portanto, somos encorajados a “reter firmemente”. Mas não se deve esperar que as coisas se tornem mais fácil à medida que o fim se aproxima. Os esforços de Satanás estão mais desesperados para submergir a verdade à medida que o fim de sua carreira se aproxima, e Deus permite isso para a prova de Seu povo. Precisamos nos lançar sobre Deus, que é nosso recurso em todos os momentos e que não deixará de lado aqueles que com integridade de coração buscam Sua face.
(de uma carta)
