Origem: Revista O Cristão – Encorajamento
O Encorajamento de Deus
“Até quando os ímpios, SENHOR, até quando os ímpios saltarão de prazer?” (Sl 94:3).
No Salmo 94, o julgamento e a vingança são desejados para corrigir o mundo, mas, enquanto isso, encontramos a disciplina e o conforto do Senhor sustentando a alma. O poder do mal é evidente e a altivez do homem pressiona aquele que conhece a Deus. Mas em tudo isso, Deus não julga o mal imediatamente, mas começa o julgamento em Sua própria casa. A mão de Deus está nos procedimentos que fazem o Seu povo sofrer, e é para isto que o coração do santo se volta. Por meio deste processo onde o mal parece prevalecer, Deus quebra a vontade, ensina a dependência e separa o coração e o espírito do mundo.
Quando o espírito soberbo do homem faz com que o coração retroceda, nós nos tornamos subjugados, pois o coração tem provado que o Senhor é gracioso. O coração é levado a Deus, conhecido em graça e revelação de Si mesmo, Seus caminhos e Seus propósitos. O coração renovado entra em sua própria esfera, aprendendo os caminhos de Deus, o desenvolvimento de Sua graça e verdade e Sua santidade na esfera em que Ele Se revela para aqueles que O conhecem. Isso é descanso para o coração do santo, um repouso do espírito que busca e se deleita no bem. Se procuramos lidar com o mal, ficamos cansados e com o coração partido, mas quando somos levados para o nosso próprio lugar com Deus, encontramos descanso.
Se nossa mente trabalha
Se nossa mente trabalha, que perguntas se apresentam para nós, no labirinto do bem e do mal no mundo! O poder do mal desperta nossos pensamentos, porque temos conhecimento do bem e do mal. Mas a mente que desfruta da bondade de Deus pode se abster dele. Ela vê outro mundo do poder de Deus e se retira para Deus pela fé. Isso conforta e deleita minha alma. Há um refúgio e um recurso, não na explicação de tudo para a mente, mas na introdução do bem positivo na alma que está em Deus. Então sabemos que temos bem-aventurança e verdade, seja o que for que não consigamos resolver.
Deus ainda não acertou as coisas, nem eu sou competente para julgar até mesmo como fazer isso. No entanto, Ele introduziu o bem, o bem perfeito – Ele mesmo no meio do mal. Ele me fez descobrir meu próprio mal – julgar a mim mesmo – e esse é um imenso ganho moral. Aqueles que o fizeram podem ser chamados moralmente corretos. Esta é uma consciência verdadeira e honesta. Seu amor é derramado em nosso coração, e podemos contar com Sua fidelidade nesse amor. A comunhão direta com Ele mesmo nos eleva a um tipo e fonte de gozo que a dor e a tristeza não tocam; nada nos separa do Seu amor. Somos mais que vencedores no mundo, pois temos as alegrias de outro. O poder do mal nos leva ao nosso retiro, nossa alegria n’Ele, que é sempre O mesmo, e a Quem aprendemos a conhecer melhor.
Adaptado de Practical Reflections on the Psalms
