Origem: Revista O Cristão – Encorajamento

Encorajamento e Perseverança

Você está passando por alguma dificuldade? Existe alguma pressão sobre você? Você está antecipando com apreensão e nervosismo algum mal terrível? Seu coração está tremendo ao pensar nisso? Pode ser que você seja como alguém que chegou ao outro extremo, como o apóstolo Paulo na Ásia: “sobremaneira agravados mais do que podíamos suportar, de modo tal que até da vida desesperamos”. Se sim, amado amigo, aceite uma palavra de encorajamento. É nosso profundo e sincero desejo fortalecer suas mãos em Deus e encorajar seu coração a confiar n’Ele para tudo o que está diante de você. “Não temas”! Apenas creia. Ele nunca falha para com um coração confiante – não, nunca. Faça uso dos recursos que estão entesourados para você n’Ele. Apenas se coloque a si mesmo, aquilo que está a seu redor, seus medos, suas ansiedades, tudo em Suas mãos, e deixe tudo lá.

Sim, deixe tudo lá. É de pouca utilidade colocar nossas dificuldades e necessidades em Suas mãos e, quase imediatamente, trazê-las de volta para as nossas. Nós frequentemente fazemos isso. Quando em pressão, em necessidade, em uma provação profunda de um tipo ou outro, nós vamos a Deus em oração; nós colocamos nosso fardo sobre Ele e parecemos obter alívio. Mas ai de mim! Mal nos levantamos e começamos novamente a olhar para a dificuldade, ponderamos sobre a provação, permanecemos em todas as circunstâncias dolorosas, até estarmos de novo à beira do desespero.

Não, isso nunca vai funcionar. Infelizmente, isso desonra a Deus e, naturalmente, nos deixa sem alívio e infelizes. Ele deseja que nossa mente esteja tão livre de preocupação, quanto a nossa consciência está livre de culpa. Sua Palavra para nós é: “Não estejais inquietos por coisa alguma; antes, as vossas petições sejam em tudo conhecidas diante de Deus” (Fp 4:6). E depois o que? “E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará o vosso coração e a vossa mente em Cristo” (Fp 4:7 – ARA).

Assim foi que Moisés, aquele amado homem de Deus e honrado servo de Cristo, procurou encorajar seu companheiro de trabalho e sucessor, Josué, em referência a tudo o que estava diante dele, dizendo: “Não os temais, porque o SENHOR, vosso Deus, é o que peleja por vós” (Dt 3:22). Assim também o bendito apóstolo Paulo encorajou seu amado filho e companheiro Timóteo a confiar no Deus vivo, a ser forte na graça que há em Jesus Cristo, a confiar firmemente no firme fundamento de Deus, a se comprometer com inquestionável garantia à autoridade, ensino e orientação das Escrituras Sagradas, e assim armado e munido, para se dar com santa diligência e verdadeira coragem espiritual àquele trabalho para o qual foi chamado. E assim, também, o escritor e o leitor podem encorajar um ao outro nestes dias de crescente dificuldade de se apegar com fé simples àquela Palavra que está estabelecida para sempre no céu – para tê-la escondida no coração como um poder e autoridade vivos no mundo, algo que nos sustentará, mesmo que o coração e a carne fracassem, e ainda que não tenhamos a presença ou apoio de um ser humano. “Porque toda carne é como erva, e toda a glória do homem, como a flor da erva. Secou-se a erva, e caiu a sua flor; mas a Palavra do Senhor permanece para sempre. E esta é a Palavra que entre vós foi evangelizada” (1 Pe 1:25).

Quão precioso é isso! Que conforto e consolação! Que estabilidade e descanso! Que força real, vitória e elevação moral! Não está ao alcance da linguagem humana expressar a preciosidade da Palavra de Deus ou definir em termos adequados o conforto de saber que a mesma Palavra está estabelecida para sempre no céu. É aquilo que durará ao longo das incontáveis eras da eternidade. É isso que alcançou nosso coração – as boas novas do evangelho – nos transmitindo a vida eterna e nos dando paz e descanso na obra consumada de Cristo, e um Objeto que satisfaz perfeitamente em Sua adorável Pessoa. Verdadeiramente, quando pensamos em tudo isso, só podemos reconhecer que cada respiração deve ser um aleluia. Assim será em breve, e para sempre, toda a homenagem a Seu inigualável nome!

C. H. Mackintosh

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