Origem: Revista O Cristão – Jerusalém

A Esposa e a Cidade

Na descrição da Nova Jerusalém (Ap 21:9-27), podemos ver que a noiva é mostrada como uma cidade. Isso está de acordo com seu caráter milenar, pois enquanto a Igreja é certamente a noiva de Cristo, seu caráter no reino é o da administração. “Reinarão com Ele [Cristo] mil anos” (Ap 20:6). Durante esse tempo, o reino neste mundo será governado a partir da Jerusalém terrenal, mas a autoridade final virá de Cristo e Sua Igreja, a quem a administração será dada naquele tempo. Por esta razão, as portas da cidade são nomeadas com os nomes das doze tribos de Israel, mostrando o caráter administrativo da cidade, enquanto seus fundamentos são os doze apóstolos do Cordeiro.

A atual administração está comissionada aos anjos eleitos, mas “não foi aos anjos que sujeitou o mundo futuro, de que falamos” (Hb 2:5). Os anjos alegremente darão um passo atrás naquele dia, para abrir caminho para Cristo e Sua Igreja. Então, haverá posições de administração dadas como recompensas, de acordo com nossa diligência neste dia da rejeição de Cristo (veja Lc 19:17, 19; também Mt 19:28).

Contudo, na descrição do estado eterno (Ap 21:1-8), vemos a cidade retratada como uma noiva. Naquele tempo, “quando [Cristo] tiver entregado o reino a Deus, ao Pai” (1 Co 15:24), o caráter administrativo da Igreja terá cessado. É verdade que ela continua sendo uma cidade, mas agora, por toda a eternidade, ela é retratada como uma noiva. Mesmo depois de mil anos, ela ainda aparece “ataviada como noiva adornada para o Seu Esposo” (Ap 21:2 – ARA). Seu caráter administrativo pode cessar, mas o frescor e a gozo que a caracterizam como uma noiva permanecerão para sempre.

W. J. Prost

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