Origem: Revista O Cristão – O Filho de Deus
Este Mesmo Jesus
“Homens galileus, por que estais olhando para o céu? Esse Jesus, que dentre vós foi recebido em cima no céu, há de vir assim como para o céu O vistes ir” (At 1:11).
Às vezes, ouvimos essa Escritura mencionada como um lembrete tocante da vinda do Senhor para nós (o arrebatamento). Então alguém mais aponta que esse versículo não se refere ao arrebatamento quando subiremos para encontrar o Senhor nos ares, mas sim à Aparição do Senhor quando Ele novamente virá à Terra e colocará Seus pés sobre o Monte das Oliveiras (Zc 14:4).
Embora reconheça a importância de cada um desses grandes momentos, eu sugeriria que este versículo não se refere exatamente à vinda do Senhor por nós nem à Sua vinda conosco com poder e glória na Sua Aparição.
A ocasião aqui responde em caráter à Sua vinda por nós, isto é, para fé e para aqueles que O esperam, mas é no tempo de Sua Aparição. Quanto ao tempo, é uma manifestação particular do Senhor Jesus para os Seus: Judeus piedosos esperando por Ele na Terra – não Cristãos acolhidos em casa no céu.
O Livro dos Atos começa de onde o Evangelho de Lucas parou (Lucas escreveu os dois livros). O Senhor Jesus levou alguns dos que O amavam para fora de Jerusalém (apartados do sistema que O rejeitou) a Betânia (aquele lugar de comunhão com os Seus), situado perto do Monte das Oliveiras, e dali Ele subiu ao céu, onde uma nuvem O recebeu ocultando-O a seus olhos. É aqui que o Cristianismo começa. Como alguém disse bem, “o Cristianismo começa do outro lado da nuvem”. Cristo glorificado no céu e o Espírito de Deus habitando na Terra caracterizam os dias atuais. Sete anos após o Espírito de Deus ser retirado do mundo, Cristo voltará à Terra, não para sofrer, mas para reinar.
José se deu a conhecer a seus irmãos somente depois de ter dispensado todos os outros de sua presença (Gn 45:1). Da mesma forma, quando o Senhor direcionou Tomé (uma figura do remanescente Judeu arrependido) para Suas mãos e para o Seu lado, foi uma ocasião privada, pois a Escritura registra, “estando as portas fechadas” (Jo 20:26). A vindicação pública de Cristo é algo que todo coração verdadeiro deseja ver, mas quão precioso é considerar também aqueles momentos privados em que Ele Se revela àqueles a quem Ele ama e por quem sofreu.
